sábado, outubro 30, 2010

406/2010 - vargas llosa e santa... margarida

A verdade e a verdade com alguns pormenores ocultados.
A verdade:
Christian Matthias Theodor Mommsen; Bjørnstjerne Martinus Bjørnson; Giosuè Carducci; Rudolf Christoph Eucken; Gerhart Johann Robert Hauptmann; Jacinto Benavente; Grazia Deledda; Erik Axel Karlfeldt; Pearl Buck; Saint-John Perse; Giorgos Seferis; Eugenio Montale; Vicente Aleixandre; Derek Walcott; Odysseus Elytis; Elfriede Jelinek; Herta Müller; acrescento, ainda: José Saramago.
Escritores que foram ocultados, que mostro, mas não foram (ainda) Nóbéis:
Leo Tolstoy; Fernando Pessoa; Jorge Luís Borges; Thomas Mann; Marguerite Duras; James Joyce; Iris Murdoch; Salman Rushdie; Ian McEwan; Jorge Amado; Rafael Alberti; Andrè Malraux; Marcel Proust; Ezra Pound;  Vladimir Nabokov; August Strindberg; Henrik Ibsen; Émile Zola; Mark Twain; Anton Chekhov; Eugène Ionesco; acrescento, ainda, o (na minha opinião) melhor escritor português da actualidade: José Luís Peixoto.
Este não é (não pretende ser) um post sobre bons e maus, sobre inteligentes e estúpidos.
É um post sobre pessoas.
Vendi livros (porta a porta) em Galveias, também.
Talvez o Zé Luís tenha lido livros da minha empresa... Amigos do Livro (na altura Multilar), talvez, existam pessoas que pensam, que escrevam sem o espartilho do pensamento condicionado.
Talvez, pessoas como eu, como Zé Luís ou Mário (Vargas Llosa) sejamos mais que palavras que se revelam em textos justificados, com bonitas capas.
Talvez existam pessoas que amam o conteúdo dos livros e não a forma manhosa e respingada com que alguns nos tentam dizer: sou o melhor treinador do mundo, sou o melhor escritor do mundo, sou o melhor frustrado do mundo.
Talvez, ser melhor, seja um triste sorriso de Lionel, de Mário (Moniz Pereira), de Eusébio (Silva Ferreira) de Pep ou de Zé Luís
Talvez...
Continuo a acreditar que existam pessoas que preferem um sorriso triste e sincero a uma fanfarronice mediática.

sexta-feira, outubro 29, 2010

405/2010 - cinzas e fogo

(...) não vi o Sporting ganhar (...) ao pôr-do-sol de domingo, estava a caçar patos no meio do mato. Escondido atrás duns arbustos, vi a noite cair e tudo ficar escuro no silêncio à minha volta, até nascer uma fantástica lua cheia cor de laranja, vinda dos lados de Espanha
Miguel Sousa Tavares in  A Bola de 2010.10.26 p. 46

Fazia-se ali, todos os anos, uma concorrida caçada ao pato-real. Antes do dia nascido, já os barcos a remos, em cada um, além do remador, um caçador e um cão se dispunham à batalha. Criança ainda, eu ia com meu pai como ajudante de cão de caça. Mal a ave era atingida, ainda vinha no ar como pedra que cai, deitava-me à água, ao desafio com o cão.
Manuel da Fonseca in O Fogo e as Cinzas, 1981 p. 15 
Não sou caçador.
Não fui ajudante de cão de caça, contudo, parece-me a descrição de Manuel mais, digamos, verdadeira, que a de Miguel.
Alguém caçará patos à noite?
(...) vi a noite cair e tudo ficar escuro no silêncio; se estava tudo escuro e em silêncio como era possível caçar? Possuirá Miguel uma fisga com mira telescópica e visão nocturna?
Espero, sinceramente, que algum especialista em caça (ou não) me elucide sobre estas pertinentes questões.

quinta-feira, outubro 28, 2010

404/2010 - contra o gorgulho insidioso da tentação totalitária

Vota Vieira, não dês bandeira 
Vote Vieira, não dê bandeira

403/2010 - quando hendrik johannes cruijff arrisca

Falar de Cruijff é falar de honra, respeito e dignidade.
Um homem que pelo seu carácter e forma de liderança foi (e é) uma referência dentro e fora do campo.
Na imagem vemos o leão que Johannes transportava no peito, o rei dos animais e o príncipe dos relvados; olhando com mais atenção vemos no braço direito do capitão, duas riscas, a outra foi arrancada.
O carácter de Cruijff via-se (vê-se) em pequenos pormenores, ele (tal como Eusébio, por exemplo) era um jogador Puma que nunca se vendeu à Adidas, esta última marca terá dito algo como: és um orgulhoso, pensas que fazes o que queres, mas em campo vais vestir uma camisola Adidas igual às dos outros. Não vestiu. As camisolas Adidas que Johannes envergava tinham menos uma risca que ele próprio fazia questão de arrancar.
Cruijff é um homem livre (nasceu no dia 25 de Abril de 1947) e um campeão da liberdade; na época de 1973/1974 o Real Madrid procurava contratá-lo sem olhar a números, recusou dizendo que jamais jogaria no clube do ditador Franco, foi para o Barcelona onde seria campeão praticando um futebol maravilhoso que incluiu uma vitória por 5 - 0 em Bernabéu (estádio do Real Madrid).
Barcelona e Cruijff campeões em Espanha, em Portugal era o Sporting que vencia aquele que ficou conhecido como o Campeonato da Liberdade.
1974... o ano em que as ditaduras foram derrotadas.

quarta-feira, outubro 27, 2010

402/2010 - chamam-lhe bruma

Entre o Bruma na memória, ó pá, sente-se a voz dos teus egrégios avós que hão-de guiar-te à vitória.
Bruma, pá, olha o braço esquerdo, vê o símbolo de campeão de Portugal que, orgulhosamente, transportas.
Bruma, não sejas uma bruma passageira que com o vento se vai, nem um cristal bonito que se quebra quando cai.
Sê homem, miúdo, apesar dos teus dezasseis anos.
Entre ficar e partir nem sempre é fácil decidir.
Fica miúdo, sê homem, por Portugal, pelo Sporting Clube de Portugal que há-de guiar-te à vitória.
fontes & alambiques

terça-feira, outubro 26, 2010

401/2010 - sin demasiadas caras nuevas

400/2010 - acorda a esperança

Albert Camus (1913 - 1960) terá dito algo como: toda a infelicidade dos homens nasce da esperança.
Gosto de pensar que toda a felicidade das pessoas nasce da esperança.
A esperança como fio/corda que nos guia no labirinto (foi guiado por uma corda que Perseu se deslabirintou) da vida.
Quando escrevi isto; atentei à forma sem ignorar o conteúdo.
É um texto sem verbos.
Um texto nu, cru, substantivo, com muitos substantivos.
Naquele texto cada palavra é como uma martelada que une uma tábua a outra, cada palavra pretendia ser um aceno de aprovação a um homem, ao trabalho (não é por acaso que trabalho é a única palavra repetida) de um homem, ao l a*or (labor, l' amor?)  de António Lopes, infelizmente, os comentários foram noutro sentido.
(Parece que oiço uma voz que pergunta)
O que é isso que seguras nos dedos?
Uma pedrita, poderia dizer; uma lasca com um acidente de Siret, perfeitamente, identificável, direi, encontrada numa escavação que mostra ocupação humana desde/há 300 000 anos.
O que tem a lasca a ver com a esperança, perguntar-me-ão.
Gosto de pensar que daqui a 300 000 anos alguém lerá estas palavras... e os vossos comentários.
fontes & alambiques

domingo, outubro 24, 2010

399/2010 - ternos e chuteiras

Trinta e três homens ternos, de terno vestidos... agora.
Brevemente um post sobre dois treinadores de futebol portugueses... o pegador de toiros e o encantador de homens.

terça-feira, outubro 19, 2010

398/2010 - a corda verde esperança

verga. manta. rio. barco. obra.
protecção. conforto. desafio. objectivo. trabalho.
trabalho... .

domingo, outubro 17, 2010

397/2010 - um português chamado lee edson, liedson

Brasileiro, mas que brasileiro?
Liedson pode ter nascido brasileiro mas é hoje um cidadão português, com direitos, deveres, impostos em dia e chamado a defender a Pátria portuguesa com as chuteiras calçadas, foi um golo do português Liedson, na Dinamarca, que nos fez embarcar na caravela que nos levaria à África do Sul.
Liedson não tem vergonha das suas humildes origens: meus pais (...) conheceram-se nos finais da década de 60 do século passado (...) e pouco depois a minha mãe, então com 15 anos, estava grávida. Esse primeiro filho acabaria por nascer morto para desgosto do jovem casal de poucos (...) nenhuns recursos. Mais tarde percorreram num barco à vela a distância entre Garapuá e Cairú (...) não tinham rigorosamente nada e a minha mãe estava grávida pela segunda vez 
(...) a vida de meus pais seguia dolorosa. Pescador desde garoto 'seu' Miltinho [Remilton, o pai de Liedson] só encontrou trabalho na roça sob temperaturas escaldantes (...) minha mãe Maria do Carmo, tinha de cuidar da filha e do segunto rebento que estava para chegar. Nasceu em condições difícieis e ficou com o nome de George. O meu irmão mais velho.
(...) a 17 de Dezembro de 1977 (...) parto normal, com muito choro (...) 'seu' Miltinho não deixou ninguém tratar do nome (...) ele lia de tudo (...) num desses livros, americano por sinal, falava-se de um médico, Dr. Lee Edson, a verdadeira escolha de meu pai, facilmente, se transformou num abrasileirado Liedson, por descuido de quem registou.
Numa tarde como outra qualquer, estava minha mãe a amamentar-me quando, instintivamente, me desviou para o lado e se dirigiu à cama do pequeno George, meu 'mano' velho. Estava parado, sossegado, inerte (...) morreu como viveu (...) discretamente e doente.
Liedson é um homem, fruto de amor e sofrimento, de sorrisos, poucos, de lágrimas... muitas.
Merece respeito.
Respeito de respeitarem a sua escolha... ser cidadão português, jogar na selecção de Portugal (por esta ordem).
Termino este post com palavras de Remilton, o pescador, trabalhador da roça, o homem que conheceu o mundo através das lidas palavras que sonhava, ele lia de tudo, desde romances a revistas científicas especializadas, só para sonhar um bocadinho e imaginar vidas longe daquela dificuldade... diz-nos o pai: às vezes (...) a ver a cassete que ele me ofereceu com golos que marcou no Sporting, dou por mim a chorar, não sei se de orgulho, se de saudade.
citações retiradas do livro Liedson, a minha história

sábado, outubro 16, 2010

396/2010 - a nova idade, a novidade, da curiosidade

Michel Foucault é, provavelmente, o não-intelectual (na perspectiva do não-chocolate de Drummond de Andrade) mais importante da/na História do Pensamento.
Vejamos o que pensava Michel sobre os intelectuais:
Intelectuais, nunca os encontrei. Encontrei pessoas que escrevem romances e pessoas que curam os doentes. Pessoas que estudam economia e pessoas que compõem música eletrônica. Encontrei pessoas que ensinam, pessoas que pintam e pessoas de quem não entendi se faziam alguma coisa. Mas nunca encontrei intelectuais.
Pelo contrário, encontrei muitas pessoas que falam do intelectual. E, por escutá-los tanto, construí para mim uma idéia de que tipo de animal se trata. Não é difícil, é o culpado. Culpado um pouco de tudo: de falar, de silenciar, de não fazer nada, de meter-se em tudo... Em suma, o intelectual é a matéria-prima a julgar, a condenar, a excluir...
Não penso que os intelectuais falem demais, porque para mim não existem.

395/2010 - la cultura no puede apartarse de la vida real

La cultura puede ser experimento y reflexión, pensamiento y sueño, pasión y poesía y una revisión crítica constante y profunda de todas las certidumbres, convicciones, teorías y creencias. Pero ella no puede apartarse de la vida real, de la vida verdadera, de la vida vivida, que no es nunca la de los lugares comunes, la del artificio, el sofisma y la frivolidad, sin riesgo de desintegrarse. Puedo parecer pesimista, pero mi impresión es que, con una irresponsabilidad tan grande como nuestra irreprimible vocación por el juego y la diversión, hemos hecho de la cultura uno de esos vistosos pero frágiles castillos construidos sobre la arena que se deshacen al primer golpe de viento.
No es arbitrario citar el caso paradójico de Michel Foucault. Sus intenciones críticas eran serias y su ideal libertario innegable.
Su repulsa de la cultura occidental –la única que, con todas sus limitaciones y extravíos, ha hecho progresar la libertad, la democracia y los derechos humanos en la historia– lo indujo a creer que era más factible encontrar la emancipación moral y política apedreando policías, frecuentando los baños “gays” de San Francisco o los clubes sadomasoquistas de París, que en las aulas escolares o las ánforas electorales. 
Parece-me que Vargas Llosa não terá apreendido toda a riqueza do pensamento de Foucault.
Reduzir o pensador francês a um frequentador de ambientes pouco recomendáveis é apoucá-lo e apoucar-se.
De qualquer modo e com a ressalva que efectuo no parágrafo anterior, parece-me que podemos encontrar nestas palavras, proferidas na capital do Peru, muitos motivos de reflexão.

394/2010 - a morte de margarido, uma ambígua suavidade

Memória e palavra convivem perfeitamente. Uma excepção, um instante, claro. Eu trazia em mim um projecto de perdição, não este, mas a profunda recusa da morte mansa e doméstica e afinal (...) apenas não me reconheci e aceitei com indiferença um nome que disseram ser o meu. Por outro lado as palavras são, sem que as pronuncie, mais fluentes que nunca e ganham (...) a suavidade ambígua de uma sabedoria que finge ignorar a sua história.
Álvaro Guerra in O Capitão Nemo e Eu, p.12 
Álvaro e Alfredo dois homens da mesma geração, com um percurso que se tocou em alguns pontos, até a partida para um novo exílio ocorreu de forma semelhante... problemas cardíacos.
A mudança de nome do blog (que alguns terão reparado) foi, apenas, uma singela homenagem a um homem cuja morte não foi mediatizada.
O Ribatejo e o senhor embaixador de Portugal em França não se esqueceram de o lembrar, o santamargarida, também, não.

quinta-feira, outubro 14, 2010

393/2010 - esperanza, esperança

Faz hoje um mês que Esperanza nasceu.
Um mês depois nasceu esperança no coração de cada um de nós, confesso que chorei, ontem, ao ver algumas imagens.
Em tempos de desânimo tínhamos necessidade de uma notícia como esta, uma história de amizade, de camaradagem, de abraços e de lágrimas.
Parabéns... Esperança.

quarta-feira, outubro 13, 2010

392/2010 - triunfo categórico do reino de portugal

Estou a reinar.
O jornal deveria ter intitulado a coisa: Cristiano Ronaldo em grande no triunfo categórico da república portuguesa e mais a baixo escreveria em letras triunfantes: Regresso do Presidente.
Porque será que o não fez?
Será que o jornal do povo sabe o que o povo quer?

391/2010 - paulo, o ganhão

- Professor Zé Pedro, posso contar a anedota do poupadão?
- Podes, Manuela, claro...
Lembrei-me deste diálogo a propósito do título do post.
Paulo é um ganhão em todos os sentidos, mesmo no sentido não dicionarizado.
Ganhão como sinónimo de vencedor, ganhador, ganhão como o cavador que cava mais fundo ou do touro que levanta a cabeça para marrar; tapada de ganhão é um grito de revolta.
As vitórias de Paulo, são vitórias minhas.
Estive lá, no estádio, vi Paulo despedido por um empate num jogo internacional, não o queria despedido... mas quero que se despeça.
-Paulo, ouve-me, rapaz...
Despede-te.
És o treinador mais vitorioso de sempre do futebol português.
Dois jogos, duas vitórias, seis golos marcados, dois «eduardos» sofridos.
Despede-te.
Agradece muito a oportunidade, sorri e diz: bem sei que fui uma segunda escolha, provavelmente, Mourinho teria feito melhor que eu, escolham então um treinador que fale daquilo que faria e não um treinador, como eu, que mostra aquilo que faz... boa sorte praa a selecção, foi um prazer ter vencido todos os jogos em que conduzi/orientei/treinei Portugal.

domingo, outubro 10, 2010

390/2010 - abrantes é sev nome

Abrantes é uma cidade que nos recebe de azul e branco vestida.
É, provavelmente, pela sua ancestral História, das cidades mais monárquicas do país, não é por acaso que a Real Associação do Médio Tejo a escolheu para sede.
Por muito que alguns queiram reescrever a História de Abrantes, na sua principal praça, a estátua  mostra-nos que a república vai nua e os munícipes/republicanos ou usam máscara ou estão gaseados.
Reproduzo um e-mail, recentemente, recebido:
Caro(a) Amigo(a)
Um grupo de cidadãos de Abrantes decidiu empreender uma tarefa: Organizar um Encontro de pessoas para as quais Abrantes significa algo de importante e positivo, por forma do seu passado, do seu presente e/ou do seu futuro.
Pretende-se apenas confraternizar e criar laços mais estreitos entre todos aqueles que aqui nasceram, aqui trabalharam ou trabalham, aqui estudaram ou estudam, aqui vivem ou que, apenas, sentem por Abrantes afectos que os levam a identificar-se com a cidade e o concelho.
Quem sabe se se cruzam oportunidades com desejos e conseguimos que mais pessoas se fixem no concelho e aqui decidam encontrar o seu ideal de felicidade?
O desafio nasceu no Facebook (http://www.facebook.com/event.php?eid=114775101896375&index=1) mas muitos de nós não aderimos a esta ferramenta de relacionamento social ou, mesmo aderindo, andamos ainda desencontrados. Vai daí passamos agora para uma fase de divulgação via email.
O Evento é inter-geracional, não obedece a credos, religiões ou ideologias que não sejam o TODOS GOSTARMOS DE ABRANTES e o desejo de (re)encontrarmos pessoas nossas amigas, familiares ou que se cruzaram connosco um dia e nos marcaram positivamente.
Como se escreveu no Facebook "vamos juntar todos aqueles que amam Abrantes e o seu concelho; todos aqueles que aqui nasceram e um dia a vida levou para longe; todos aqueles que aqui viveram ou estudaram ou trabalharam e criaram laços e afectos com Abrantes e as suas gentes; todos aqueles que ainda sonham vir ou regressar a Abrantes; todos aqueles que aqui gostariam de poder ser felizes e se orgulham de as suas vidas terem sido marcadas por Abrantes; todos aqueles que hoje são ou se sentem "Embaixadores de Abrantes".
Pede-se que ponderem a vossa inscrição e que o divulguem também familiares e amigos.
O preço das inscrições (pago no acto) é de 16 € por cada adulto, 8 € para crianças até 12 anos e grátis para crianças até aos 4 anos de idade. O almoço será servido no Restaurante do Parque Urbano de São Lourenço (por detrás do Quartel, agora de Cavalaria).
As inscrições podem ser feitas no Facebook (via link indicado), ou para:
Pedro Marques: pedropmarques@gmail.com
Fernanda Mendes: fernandaduartemendes@gmail.com.
Agradece-se que o façam com alguma antecedência, uma vez que temos de comunicar ao Restaurante o nº de inscrições até 18 de Outubro.
Estamos a tratar de um programa cultural/musical.
Mais uma vez pedimos que aceitem e divulguem sff.
Obrigado,
Pedro Marques
Li, reli e pensei que talvez nem todos os cidadãos de Abrantes usem máscara ou estejam gaseados pelo ar irrespirável que a república nos fez inalar nas trincheiras francesas.
Efectuo a divulgação desta iniciativa pois foi em Abrantes que nasci, estudei , leccionei (remuneradamente) , trabalhei na indústria automóvel (em Tramagal), na protecção de incêndios na Caniceira (com o comandante Jofre, grande homem, grande «constanciense»)  e cumpri parte do serviço militar obrigatório no extinto RIA, não me rio porque não acho piada à deslocação do Regimento de Infantaria de Abrantes para outras paragens... ganhámos cavalos, pedremos infantes.
Que estas iniciativas sejam momentos de encontro, de partilha, de cidadania e de confraternização para todos os que gostamos de Abrantes... no meu caso, gosto muito do concelho de Abrantes mas gosto um bocadinho mais de Santa Margarida/Constância, ainda assim procurarei comparecer.

389/2010 - paulo bento 3 / mourinho 1

Às vezes penso-me.
Penso em pessoas como eu, com um percurso de vida semelhante.
Penso que de algum modo a vida se divide em Paulos Bento e Mourinhos.
Os primeiros pessoas como eu, como o Paulo, filhos do povo, de pessoas com a quarta classe, de mães domésticas (mas não domesticadas) os segundos, uma espécie de aristocracia mediática, filhos de jogadores de futebol e de professoras, bem falantes, tradutores... mas incapazes de darem um pontapé na bola.
Há pessoas e pessoas.
Opiniões e opiniões.
Hoje  [2010.10.08, às 23H07] Portugal (Paulo Bento) venceu a Dinamarca, marcando três golos (dois de Nani e um de Cristiano Ronaldo) e sofrendo um, marcado por Ricardo Carvalho.
Paulo Bento, Cristiano Ronaldo e Nani foram jogadores do Sporting, Ricardo Carvalho é uma aposta pessoal de Mourinho.
Nota: Não alterei o texto mas acrescentei dois links que não existiam inicialmente. O texto não é crítico para os artistocratas reais; critica os aristocratas virtuais, mediáticos, como lhes chamo.

388/2010 - desfolhando malmequeres

Há pessoas que não moram em ruas, nem em avenidas, nem em alamedas, nem em becos, nem em azinhagas.
Há pessoas que habitam em jardins.
Acho poético morar num jardim, tal como encontro beleza nas imagens refletidas nos laguinhos que se formam na imperfeição da calçada.
post segundo o acordo ortográfico de 1990

sábado, outubro 09, 2010

387/2010 - são josé e nuno sá no país dos sovietes

Tomava café e folheava, distraidamente, os jornais da manhã, esta frase:
causou-me perplexidade, não tinha a certeza mas pareceu-me que existia ali uma confusão quanto a datas, a presidentes, a engolimentos de sapos e a desistências... 
O camarada Vítor Dias esclarece-nos esta questão mas parece-me que o camarada Francisco Lopes,  não terá dado pela confusão jornalística.

sexta-feira, outubro 08, 2010

386/2010 - e do céu caíram os anjos

Fez-se História em Barcelona.
As regras foram as da NBA, dos três árbitros, dois eram da NBA, foi lutando contra tudo isso que o Barça escreveu mais uma das douradas páginas do nosso clube.
Pela primeira vez um campeão da NBA em título foi derrotado pelo campeão europeu.

terça-feira, outubro 05, 2010

385/2010 - mourinho e os empregados bancários

Aqui, nas selecções, os jogadores não são apenas profissionais de futebol, os jogadores são além disso portugueses comuns que, por jogarem melhor que os portugueses empregados bancários (...)  foram escolhidos para lutarem por Portugal.
Mourinho sabe que todos os portugueses o adoram, suspeitará que, talvez, um sacana dum empregado bancário não goste de mind games... vai daí ataca um pobre cidadão que aposta que ganhamos... força Paulo, força Portugal.

384/2010 - o papa, o cavaco e a república a que temos direito

A república em que vivemos é uma república cavaquiana.
Um homem que se engasga, que se cospe, que se atrofia ao tentar saborear o bolo... Rei.
Cavaco é a imagem da república que temos, sem ofensa para a palhaço brasileiro, Cavaco é o Tiririca português.
Bem,  se Aníbal é mau, José é pior.
Muito pior.
Cavaco de golpada em golpada, de traição em traição, o algarvio cábula (não conseguiu, sequer, cumprir as primeiras letras sem chumbar) chegou a presidente do, estruturalmente, maior partido português, herdeiro da União Nacional de Salazar e depois disso a presidente de Todos os portugueses (meu não).
O Sócrates, é pior, é a negação da ancestralidade.
Corta o Carvalho.
Impede o Pinto de chegar a galo.
Acha Sousa, demasiado, banal.
Sócrates acha-se sábio (licenciou-se em engenharia manhosa, num domingo, numa universidade suspeita que seria encerrada sob o seu governo) mas, infelizmente, parece desconhecer o poder libertador da cicuta.
Cavavo e Sócrates, os rostos da república... o que cospe o bolo Rei e a Fava que nos calhou.

[Talvez seja um post demasiado incisivo para as pessoas, supostamente, republicanas que por aqui passam.
Gosta de Cavaco?
Gosta de Sócrates?
Gosta de Buiça?
Gosta de chulos e assassinos?
Então sorria, comemore, dê Ivas à república]

383/2010 - a eletricidade roubou-lhe a vida

segunda-feira, outubro 04, 2010

382/2010 - a ponte num inocente olhar de menino

A ponte é uma ponte.
Dum lado passam passavam automóveis popós do outro passam comboios pouca-terras .
A ponte dos popós e dos pouca-terras é a mesma, os pilares são os mesmos.
Porque é perigoso atravessá-la de popó e não é perigoso atravessá-la de pouca-terra?
Nota: a primeira imagem foi obtida através do programa paint a partir duma fotografia de Paulo Sousa

domingo, outubro 03, 2010

381/2010 - podereis aclamar até

sábado, outubro 02, 2010

380/2010 - intocables, el excremento del ser supremo

Neste blog abordamos com alguma frequência a problemática da comunicação.
O que dizemos.
Como interpretam os outros o que dizemos; algo a que poderíamos chamar: o poder da palavra.
Vejamos este vídeo (os primeiros segundos são de publicidade, a parte importante começa depois).
A palavra - intocable - na língua castelhana remete para uma casta indiana: Los hindúes consideran que los intocables están incluso por debajo de la cuarta casta, la que desciende de los pies de Brahma. Los dalits serían como el excremento, algo fuera del cuerpo del Ser supremo, el dios de dioses.
Dizer que Cristiano é intocável não será, propriamente, um elogio.

sexta-feira, outubro 01, 2010

379/2010 - chamusca, terra de trabalho, bom gosto e sorrisos

não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio