domingo, fevereiro 28, 2010

82/2010 - a crise do sporting, parte dois

Como eu dizia, no Sporting é tudo pequenino, Yannikinho, Miguelinho e Moutinho mas eficaz.

81/2010 - a crise do sporting, parte um

80/2010 - o presente do indicativo do pedrérito imperfeito




No princípio era o verbo, foi o verbo.
Um dos tempos verbais é o pretérito imperfeito, a um pretérito imperfeito por mim conjugado, com alguma liberdade linguística, chamar-lhe-ei: pedrérito imperfeito; assumindo a mimha imperfeição.
É o verbo, a palavra que salva e condena.
É na comunicação que adquirimos substância.
No post anterior perguntei: para que serve um blog; um blog é de algum modo a imagem de quem o escreve, daquilo que é, daquilo que mostra, das bandeiras que empunha, dos gritos que solta, dos silêncios que assume... um blog é (ou deveria ser) um graffitti de cidadania numa parede de apatia.
Um blogger (como eu o entendo) é um cidadão atento que deverá contribuir para a construção duma sociedade melhor, mais participada, mais justa.
A cidadania como eu a entendo não é postar queixinhas no blog; é alertar as autoridades competentes e contribuir, activamente, para a resolução de problemas.
Infelizmente apesar de todos os esforços para ser um cidadão melhor, sou, apenas, um gajo como qualquer outro, com muitos defeitos e algumas qualidades.

sábado, fevereiro 27, 2010

79/2010 - para que serve um blog

78/2010 - um homem(cini) e um pequeno mouro

Há coisas que fazem diferença.
Há pessoas comuns (como uns), há-as especiais.
Man[homem]cini é um homem comum, nascido para ser vencedor, com a bola nos pés ou a orientar equipas.
Tri-campeão dum Inter digno e respeitado, antes do clube ter sido tomado de assalto, por um treinador, com nome em diminuitivo, que passa o tempo castigado.
A dignidade de Mancini versus a basófia de Mourinho.
Para Mourinho, o Chelsea de hoje, é o seu, até aquecem da mesma forma... assuma a derrota, então.

77/2010 - portela, da cor do céu e da paz

Portela de Santa Margarida da Coutada.
Porta de Santa Margarida.
Porta de de pessoas que olham o céu sem potentes telescópios.
Terra de pessoas com os pés assentes nela e uns meigos olhos no céu que todos vemos; azul com brancas nuvens.

76/2010 - quando ficar livre soava a imprestabilidade

Mafra e Abrantes, caminhos que, também, percorri.
Naquele tempo Abrantes, RIA (Regimento de Infantaria de Abrantes).
Nesse espaço existe, hoje, uma coudelaria, com os seguintes dizeres: esta é a casa da cavalaria.
Hugo foi infante, guerreiro que se movimenta pelos seus próprios meios, utilizando os pés.
Espero que hoje lhes dê bom uso, aos pés, que cabeça tem ele...

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

75/2010 - eu andei na telescola na aldeia

Naquele tempo a vida era a preto e branco, agora é a azul e branco (as cores de Portugal e do facebook).
Para as pessoas interessadas e facebookadas o endereço é este.

quinta-feira, fevereiro 25, 2010

74/2010 - ir a jogo e lerpar ou não

Às vezes olhamos nomes nos jornais e achamos que são pessoas inacessíveis, gajos muito espertos que têm acesso aos jornais nacionais e escrevem coisas muito inteligentes.
Gajos, como o Pedro não se encolhem com temor do chefe, não se conformam com o respeitinho, com o empreguinho...
Gente, como os Pedros, não vive de braços cruzados, pensa, questiona, faz.

73/2010 - gostaria de te ver chorar, hoje, três lágrimas

Os adultos não gostam quando as crianças choram.
Há uma criança, uma menina, que eu queria ver com lágrimas nos olhos.
Três lágrimas.
Seria sinal que estaria viva.
Mostrar-nos-ia que são muito mais importantes três lágrimas choradas por uma criança, que três gritos de alegria soltados por adultos que pedem às bolas para se aninharem nas redes, três vezes.

72/2010 - nascido no dia da restauração, no ano da liberdade

Uma imagem de classe.
Uma classe que nasceu em Dezembro (como o outro, o Rei que nasceu na manjedoura) no dia da Restauração (1 de Dezembro) no ano da Liberdade (1974).
Zé, José da Costa, um gajo como nós, director do único clube com Portugal no nome.

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

71/2010 - os dois olhos de camões



(...) os sentimentos de um "bloguer" como tu, que por vezes se "põe a jeito" de ouvir o que não quer, talvez até porque diga o que não queria dizer.
Luís Varino

OH pá cuidado com esse Luis.
O gaijo já saiu da toca do chinelo.
Olha que esse é da pior espécie.
Sem carácter erespeito.
Anónimo

Faz-me espécie que em Constância, Camões continue a ser representado com um olho palado.
Camões nunca esteve em Constância.
Poderá ter estado em Punhete (não existe [não foi encontrado] um único documento que o ateste).
Os dados que possuímos levam-nos a concluir que a suposta memória de Camões em Constância, repito em Constância, foi construída já no último quartel do séc. XIX, repito séc. XIX.
Os mapas e documentos escritos que possuímos do séc. XVIII (portugueses, franceses e ingleses) não falam nessa memória, ninguém refere a presença de Camões em Punhete em mil setecentos e tal, contudo, em mil oitocentos tal e tal, há como que um viagra memorístico em Constância e toda a gente se lembra muito bem do poeta que teria vivido no séc. XVI numa linda prisão com vista para a celulose do outro lado do Tejo.
Dizia, a ter vivido em Punhete, na altura que, supostamente, nos presenteou com a sua presença, o vate teria os dois olhos.
Seria, então um garboso jovem com os dois olhos bem abertos, como Lagoa Henriques fez questão de o representar (para quando uma homenagem em Constância ao mestre, recentemente, encantado?).
Olhos bem abertos... como os meus.
Não necessito que, anonimamente, me soprem calhandrices.
Conheço o Luís há muitos anos, já o vi calçado, descalço e de chinelos; @ anónim@ não sei quem é.

terça-feira, fevereiro 23, 2010

70/2010 - impacto visual



As duas primeiras imagens foram obtidas pelo autor deste post em Novembro de 2009, a última pelo Cidadão Abt presumo que ontem ou hoje (talvez hoje).
Não deixa de ser irónico ter escrito isto:
Palpita-me que hoje muitas estruturas construídas no leito de cheia do Rio fiquem de molho como a verga antes de ser trabalhada ontem e hoje já ter o relato visual desse palpite...
(gostaria muito de estar enganado, que não existissem construções no leito de cheias e que não tivessemos de aturar posteriores choraminguices a lamentarem-se da Natureza, essa velhaca; estou, obviamente, solidário com os trágicos acontecimentos da Madeira mas temos de ter presente que acontecimentos como aquele servem, também, para aprendermos, para que não os repitamos. Não restam dúvidas que a acção humana potenciou a tragédia)

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

69/2010 - pinoquar

Naquele tempo, eu era um menino que brincava com cubos de madeira.
Madeira, a matéria que Gepeto trabalhava.
Naqueles cubos existiam papéis colados, Gepeto e a criação, conforme Disney os imaginava.
Criador e criatura.
Hoje foi entrevistada uma criatura... muito fumo, pouco fo(le)go.

domingo, fevereiro 21, 2010

68/2010 - água, líquido doce, salgado que nos transborda dos olhos



quinta-feira, fevereiro 18, 2010

67/2010 - figo, figorão ou figorinha

Estão bem um para o outro.
O brinquedo que o ex-capitão da selecção da república segura tem numa das extremidades um símbolo.
Um símbolo de dor, de intolerância, de buiças fardados.
Sócrates e Figo... a mesma luta.

Nota: A podridão em que nos obrigam a viver, talvez, seja entendível se lermos o «post» e o comentário que escrevi há mais de três anos... sou um puto duma aldeia, solidário, com os sorrisos que choram; solidário com o Zé Pratas, cagando-me (salvo seja) para o idolatrado figo.

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

66/2010 - um nobre que se candidata a presidente

Jamais votaria em Nobre tem um percurso demasiado ziguezagueante para o meu gosto.
No entanto, aprecio pessoas como ele que assumem o que são sem medo de perderem votos.
O Fernando tal como eu (e provavelmente o leitor ou a leitora) é monárquico.
É-o, assume, acha (digo eu) que se comparararmos os setecentos e tal anos de Portugal com os quase cem da república portuguesa esta última sai a perder.
Apesar de monárquico candidata-se a presidente da república... acho o máximo, mas não votarei nele.

65/2010 - há muito parvo no mundo

Este blog tem o prazer de apresentar um poema escrito por um engenheiro naval, comunicado pelo Engenheiro Naval Sr. Álvaro de Campos em estado de inconsciência alcoólica.
Um poema que brinca com o nome deste humilde blog e que parece-me chama parvo ao seu, não menos humilde, autor.
As palavras encontrá-las-eis aqui; podeis ouvi-las ali... há, ainda uma deliciosa versão com Jorge Palma e Cristina Branco.
Isto sou eu... a dar-vos música, enjoy.

64/2010 - olhem a minha tatuagem, tão gira

terça-feira, fevereiro 16, 2010

63/2010 - carnaval, multicultural e tal

Este será, provavelmente, o Carnaval mais diversificado da Terra.
Tem influências de todo o mundo, o que lhe confere uma originalidade inigualável.
Desde o negro que toca banjo ao branquelas que sopra a gaita, encontramos de tudo.
Todos recordamos as imagens de destruição de New Orleans, vejamos, hoje, imagens de diversão.
O povo que chora é o mesmo que ri.
Foliemos no Mardi Gras em New Orleans...

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

62/2010 - pormenores da mesma imagem




61/2010 - uma caixa sólida e solidária




Nasceu em Abril, 29 de Abril de 1876. *
Um banco, uma associação de malfeitores como todos os outros, dir-me-ão.
Os bancos, como as pessoas não são todos iguais.
Fazem coisas incorrectas mas às vezes procedem bem.
A aldeia histórica do Piódão foi classificada como imóvel de interesse público pelo decreto 95/78 de 12 de Setembro.
Sendo a freguesia do Piódão já bastante afectada por inúmeras carências do foro social e económico, com a ocorrência do incêndio de Julho de 2005, a sua debilidade aumentou.
Foi aqui que a Caixa Geral de Depósitos, Sociedade Anónima (CGD, SA) procurou intervir, actuando de forma enérgica e decidida, criando condições para impedir a tendência desertificante duma freguesia onde o êxodo rural é constante.
Arregaçou as mangas, rei morto, rei posto; árvore queimada, árvore plantada.
Para a concretização deste projecto foram necessárias quinze mil plantas (...)
- 5.000 medronheiros
- 2.100 azinheiras
- 2.200 cerejeiras
- 2.200 carvalhos
- 2.000 cedros
- 1.500 sobreiros
Com um investimento de 23.625 euros, através do Fundo Caixa Fã, a CGD, SA contribuiu para desenhar sorrisos, pintou bolinhas coloridas no saudável verde.
Às vezes, há mais na Caixa...
* Carta de Lei de 10 de Abril de 1876, publicada no Diário do Governo, n.º 95, de 29 de Abril de 1876. Gabinete: Fontes Pereira de Melo/António de Serpa
Não se nasce impunemente no dia 29 de Abril...

sábado, fevereiro 13, 2010

60/2010 - ver, ler e perceber


59/2010 - a luz que brilha nas trevas



Devido a alguns comentários neste post julgo que os leitores do santamargarida (que está a dois meses e meio de entrar no sexto ano de actividade) merecem algumas palavras da minha parte enquanto blogger, enquanto cidadão, enquanto munícipe de Constância e enquanto freguês de Santa Margarida da Coutada (SMdC).
Vamos a elas:
1. É falso que eu seja militante do Partido Socialista, aliás as minhas opiniões sobre o senhor Mário Soares ou sobre o senhor Sócrates Pinto de Sousa estão, profusamente, espelhadas, espalhadas por este blog.
2. É pidesca a preocupação de quem vive onde; o que sei, é que pago, mensalmente, o condomínio (Portela de SMdC) e anualmente a contribuição autárquica à câmara de Constância.
3. Olhemos a imagem central - coração de tinta - às vezes a realidade imita a ficção. Em Constância é tudo fantástico, o poder é fantástico, o cinema é fantástico... ou sobrenatural.
4. A oposição tem de ser responsável. Assuntos laborais ou judiciais têm de ser resolvidos em sede própria, não podem ser trazidos para a praça pública da forma como o foram.
5. As pessoas passam, a vila e o concelho ficam, não poderão ser divulgados desta forma assuntos administrativos internos. Que imagem queremos transmitir a quem nos visita?
6. Os tribunais especializados existem para resolverem estas questões.
7. Olhemos a última imagem (o cartaz de cinema de Fevereiro será alvo duma análise detalhada, brevemente) entre lobisomens, vampiros, meter água e carnaval... está o comunicado não assinado da concelhia do PS.
8. Não pode.
9. Uma oposição responsável tem de se apresentar como alternativa credível desde já e não a dois ou três meses das eleições autárquicas.
10. Nada me move contra o controversosm, excepto o desrespeito pelos comentadores que assinam o que escrevem e que são «enxovalhados» pelos comentadores anónimos (estou a lembrar-me dum episódio com o senhor Manuel Marques que a partir da Bélgica difunde o nome de Constância para todos os cantinhos do mundo onde existem pessoas que se expressam em português), nada me move, dizia, excepto, um conceito de liberdade que tudo critica mas que depois censura comentários fazendo questão de nos mostrar que sabe manejar o lápis azul; «Esta mensagem foi removida por um administrador do blogue»; por último, reconheço que alguns posts têm qualidade, contudo, os poucos posts com qualidade não são comentados, nos outros é patente uma tendência para a calúnia anónima, para dizer mascarado o que jamais se diria cara a cara... nada (quase nada) me move, portanto, contra o controversosm, comparo-o com a primeira imagem... uma luz artificial que brilha na escuridão.

58/2010 - nem sempre a bola é redonda


57/2010 - sempre, sempre ao lado povo

Olho os olhos serenos de D. Pedro V, lembro os anos oitenta do século passado, éramos ricos quando os tínhamos no bolso.
Olho à altura do olho esquerdo de Pedro e vejo um cartaz que LUTA e EXIGE, exige apoio para os desempregados e luta por mais empregos.
Não exige trabalho, competência nem responsabilidade; só quando cumpridas as premissas anteriores poderemos ser mais produtivos e competitivos.
Julgo que perdemos demasiado tempo a falarmos de pessoas, de comportamentos, a discutirmos passado e presente e ganhamos pouco tempo a discutir políticas, a projectarmos futuro.
Olho os olhos serenos de Pedro e penso-o a ouvir José dos Santos Gouveia (vice-presidente da câmara municipal de Constância em 1861) dizer:
Senhor! A Câmara Municipal de Concelho da Notável Vila de Constância vem cheia de júbilo prestar a homenagem devida a tão excelso monarca.
A recepção de Vossa Majestade dentro dos limites deste Concelho é mais um brasão de glória que lhe é concedido por seus Reis.
Os habitantes deste Concelho já em largos anos são tidos por seus Monarcas em consideração (...) o que bem mostra o Real Decreto da Augusta Mãe de Vossa Majestade de sempre saudosa memória de 7 de Dezembro de 1836.
Esta Câmara Municipal e os habitantes do Concelho que representa, ainda, Real Senhor, nutrem a fovor de Vossa Majestade, de toda a Família Real e das livres instituições que felizmente nos regem iguais sentimentos aos que lhe granjearam tão honroso brasão.
(...)
O Céu dilate e guarde a vida de Vossa Majestade (...)
O céu ou fosse lá o que fosse não guardaria a vida de Pedro durante muito tempo mais, precisamente, um mês depois destas palavras terem sido proferidas, morreria.
Foi no dia 11 de Novembro de 1861 e do céu caíram, durante todo o dia, grossas lágrimas doces às quais se juntava o sal líquido que brotava dos olhos de Portugal.
D. Pedro V reinaria, apenas, meia dúzia de anos, nesses seis anos destacamos:
- A fundação do Curso Superior de Letras, está imortalizado numa estátua em frente à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
- A melhoria do caminho de ferro, nomeadamente, promovendo a construção de pontes, incluindo a que antecedeu (no mesmo local) a que utilizamos hoje para atravessarmos o Tejo (Santa Margarida/Praia do Ribatejo).
- Construção/desenvolvimento da rede viária
- A primeira grande exposição industrial portuguesa
Termino com um feito de D. Pedro V que por certo agradará ao poder concelhio, foi este monarca de olhar tranquilo e bigode retorcido, viúvo com 22 anos, encantado com 24, que promoveu a instalação em Portugal do primeiro observatório astronómico.
Este post onde utilizamos como fonte o boletim informativo n.º 11 (set/out 1991) da câmara municipal de Constância mostra-nos que Constância não foi, nem é, uma vila tão republicana como nos querem obrigar a acreditar.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

56/2010 - a república não respeita o povo, o povo não respeita a república



Não é o princípio, nem o princípio do fim... é o fim do princípio.
Olhemos estas três imagens.
Destaco a última, uma fonte a jorrar esperança, a projectar futuro, uma fonte, simbolicamente, seca.
Uma fonte azulejada a azul e branco, as cores da Monarquia, as cores de Churchill, que em 1945 acabara de vencer a guerra.
Azul e branco, cores de céu e paz, cores do blog Tramagal.
Destaco a última, dizia, pois, não foi fácil, obtê-la.
Quem conhece Tramagal sabe que existem ali carros, permanentemente, estacionados, procurei o enquadramento que me convinha e esperei, pacientemente.
Muito tempo depois o dono dum carro arranca, depois arranca outro...
Preparo-me para eternizar o momento.
Outro condutor surge, blá, blá blá, alguns sorrisos e dois autógrafos depois (tive de dizer que era para o santamargarida.blogspot.com) lá consegui enquadrar a coisa...
Enquadrar a coisa, como se aprisionar a liberdade dum céu, esplendorosamente, azul, como se captar um brancocremarelo, fosse fácil.
Como se fosse fácil, assumirmo-nos na dificuldade.
Sou monárquico.
Julgo que um Rei estaria mais perto de nós, do povo, de todo um povo que o ex-presidente dum partido.
A partir de 25 de Abril de 1974 todos [excepto os militares] os presidentes da república que tivemos (de suportar) são líderes de claque (um misto de diabos vermelhos e super dragões):
- Mário Soares; ex-presidente do Partido Socialista (PS)
- Jorge Sampaio; ex-presidente do Partido Socialista (PS)
- Cavaco Silva; ex-presidente do Partido Popular Democrático/Partido Social Democrata(PPD/PSD).
Destaquei a última, olhemos a primeira.
Um líder que despreza o povo.
Um cuspidor de bolo rei que cospe na república sufragada pelo povo; cumprimenta-se alguém a olhar para o lado?
O meu pai, a minha mãe, ensinaram-me a não o fazer.
Disseram-me:
Quando cumprimentares alguém olha-o nos olhos e aperta-lhe a mão com força.
Olho, outra vez, as imagens, vejo na primeira o ex-presidente do PPD/PSD a cumprimentar o actual presidente do PS, não como um chefe de estado, um Rei, cumprimentaria um eleito pelo povo, sim como uma adolescente inconsciente cumprimentaria um (mau) actor de telenovelas.
Olho o céu de Tramagal, a má educação e o enquadramento em azuis azulejos (é redundante, eu sei) olho tudo... e sonho com pontes, com educação, com paz e com compreensão.
Sonho com um futuro azul como o céu, como os rios, branco como a paz, como as páginas virgens, onde escreveremos o futuro.

domingo, fevereiro 07, 2010

55/2010 - entre a constância e o possível



Entre a constância e a mudança, entre o necessário e o possível, regresso ao convívio avieiro. Regresso a um tema que me apaixonou, percorrendo, de novo caminhos que ainda são os meus e não enjeito.
(...) Se confessar que este romance me aterrorizou, depois de me deslumbrar, digo a verdade inteira.
(...) tenho de acrescentar Jerónimo Tarrinca, a quem ainda e também dedico o livro. A sua morte pertence à história deste romance e de todos nós
Às vezes olho as teclas e penso se serei capaz de transmitir por palavras o que estou a pensar.
As palavras em itálico ali em cima foram escritas por um senhor chamado Alves Redol, são um extracto do melhor autoprefácio escrito em língua portuguesa.
Não é comum um autor revisitar um romance, Redol, fê-lo, muitos anos depois.
A primeira edição d' Avieiros é de 1942 a quinta de 1967.
Esta quinta edição da qual faz parte o extracto que referimos é um outro livro tendo como ponto de partida o primeiro.
Alves Redol um homem que soube ser comunista, que percebeu que para olharmos os astros não necessitamos de telescópios... às vezes temos de saber baixar os olhos e deliciarmo-nos com o Sol reflectido na água que passa na nossa aldeia.
Às vezes, tantas vezes, temos de escolher entre a mudança e a constância, discernir entre o necessário e o possível, sermos, suficientemente, lúcidos para descobrirmos que as estrelas, também, brilham na doce água.
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio