domingo, janeiro 31, 2010

48/2010 - o princípio e o fim


Por Constância vão acontecendo algumas iniciativas com mérito.
Na sexta-feira 22 alertei os meus meninos para esta projecção filmíca comentada.
Pretendia ir mas, infelizmente, não pude comparecer.
Gostaria de agradecer, publicamente, à Câmara Municipal de Constância em geral e ao seu presidente em particular.
O Dr. Máximo Ferreira ao disponibilizar-se para uma iniciativa deste género mostrou-nos que o saber é para ser partilhado e que a inteligência não deverá ser toda canalizada para estéreis/histéricos ataques pessoais.
Espero que tenha sido um êxito.
Caso alguma das pessoas que lê este blog tenha assistido, gostaria que partilhassem connosco a impressão com que ficaram.
O filme é bom?
A palestra que antecedeu a projecção foi benéfica para a compreensão do filme?
A sala estava composta?
Termino reiterando os parabéns e que esta tenha sido a primeira de muitas iniciativas deste género.

sábado, janeiro 30, 2010

47/2010 - fernando, alexandre, a poesia em imagens




46/2010 - memorando portugal, um



A colecção de posts denominados: memorando portugal; serão imagens, retratos que efectuarei ao longo deste ano de 2010.
Em comum terão o facto de serem locais/paisagens anteriores a 1910.
Coisas que a república não aprecia, coisas e locais que poderão ser destruídos, implodidos sem uma lágrima de tristeza, sem um suspiro de arrependimento.
Monumentos que os Reis nos legaram mas que a república poderá considerar obsoletos e destruíveis.
Serão o meu contributo para a comemoração do centenário da república (républica como lhe chamam em Abrantes).
As imagens (como todas as outras cuja autoria não atribuo) são fotografias da minha autoria sem toques, nem retoques, sem manhosices... um homem, uma máquina, um motivo.

45/2010 - a piolheira republicana

O piolho, tal como uma mosca sem valor de Aleixo poisa com a mesma alegria na careca dum doutor ou em qualquer porcaria.
Para sermos rigorosos temos de afirmar que os piolhos preferem as cabeleiras fartas aos carecas militantes.
Ontem escrevi num comentário:
Quanto à monarquice defendo-o, fundamentalmente, por duas razões:
1. Económicas
2. De representatividade
A monarquia é mais (muito mais) barata que a república.
Um monarca funciona como um pólo aglutinador, um referente nacional (o Rei de Espanha, por exemplo); um presidente da república é sempre o cabecilha duma facção (Soares x Cavaco; Cavaco x Sócrates).
Quanto à suposta «falência» económica da monarquia no principio do séc. XX, todos os estudos sérios a desmentem.
Muitas balelas são hoje apresentadas como factos históricos quando na prática foram propaganda republicana.
A «piolheira» de D. Carlos é um exemplo; nunca foi encontrado um documento onde o monarca designasse assim o seu reino, o que não deverá espantar ninguém... se Portugal fosse uma piolheira, D. Carlos seria o Rei dos piolhos.

Não é que depois de ter escrito o referido comentário encontrei literatura que o sustenta?
Sobre a piolheira:
Obviamente que D. Carlos nunca proferiria publicamente um termo tão depreciativo como este. Mas se o tivesse feito, em privado, ou até nos seus pensamentos – algo que nunca saberemos – teria compartido com os homens da sua geração, mesmo aqueles que levantaram o dedo acusatório contra ele, do mesmo sentimento de impotência e desânimo que levou, com tanta facilidade, um pequeno grupo de indivíduos a tomar o poder a 5 de Outubro de 1910.
Sobre o esbanjamento republicano versus a poupadice monárquica:
Dez milhões? Como assim? É que esta gente diz que inaugurará o novo Museu dos Coches no 5 de Outubro, para comemorar a república (o cúmulo da parvoíce, uma vez que o dito Museu é um símbolo da Monarquia). Diz também a C.M de Lisboa, que as desastrosas obras no terreiro do Paço, são também para comemorar a dita república. Os milhões vão-se acumulando, sem parar. Nem vale a pena acrescentarmos os 17,5 milhões anuais para o sr. Cavaco, mais outros milhões para manter os 3 ex-presidentes, escritórios apalaçados, staff, despesas de representação, etc.

Quando se sabe que a Zarzuela consome 8 milhões/ano ao erário espanhol, ficamos com a sensação de que algo vai mal em Portugal. É que nem de longe se pode comparar as duas instituições, credibilidade pessoal dos Chefes de Estado, etc. Grotesco!

fontes & alambiques
(por ordem de entrada em cena)
1. como livrar-se dos piolhos
2. propaganda republicana piolhística
3. caminhos da memória
4.como a república tira o pão da boca das crianças e dos bolsos dos velhinhos para se comemorar

quinta-feira, janeiro 28, 2010

44/2010 - the catcher in the rye, o recolector de senteio

Reduzir, J.D. Salinger ao homem que escreveu the catcher in the rye, será redutor.
Reduzir... será redutor.
Seria, se the catcher in the rye fosse um livro sobre alguém que apanha/recolhe centeio.
Não é disso que o livro nos fala, sussura-nos o sentido da vida... baixinho, voz de vento, acariciando o cereal.

43/2010 - breve ensaio sobre a ignorância


É frequente apresentarem-no como astrólogo?
Já me aconteceu algumas vezes. Mas como já vou sendo conhecido, e as pessoas sabem desta minha aversão à ignorância, agora já têm algum cuidado. Nas primeiras vezes que ia às escolas fazia um grande esforço para explicar que a astrologia não é uma ciência. Durante algum tempo tentei combater isso. Ia a debates à televisão e dizia muito mal da astrologia. Depois fui percebendo que não se modificam as cabeças nem as convicções carregando num botão. Percebo que se puserem na mesma página de jornal um artigo de astronomia e um horóscopo as pessoas vão ler o horóscopo. Mesmo as pessoas que não acreditam naquilo. Isto é cultural.
Mudou de estratégia quando aborda o assunto.
Passei a controlar-me, falo com suavidade, e vou tentando que vão, de forma simples, percebendo a astronomia. Daqui a 20 ou 30 anos já não estou cá. Mas se houver meia dúzia de pessoas que percebeu que a astronomia é uma ciência em que há coisas que sabemos e explicamos e outras que não sabemos, vou para o céu. Morro de consciência tranquila.
O extracto pertence a esta entrevista.
É interessante a diferença entre o que acreditamos (ou não) e o que desejamos.
Poder-se-á inferir que o entrevistado não acredita em Deus mas deseja ir para o céu, sobre esta questão falaremos num post posterior.
Detenhamo-nos então, na ignorância.
A ignorância que atormenta o astrónomo/museólogo é a confusão entre astrologia e astronomia.
São duas palavras muito semelhantes para um não iniciado, pouco conhecedor dos mistérios astrais mas com um conhecimento médio da língua portuguesa; astrologia parece significar o conhecimento da lógica dos astros e astronomia o conhecimento do nome dos astros.
À primeira vista se biologia é a ciência que estuda a vida, astrologia seria a ciência que estuda os astros.
Na minha (modesta) opinião mais que desculpável confundir astrologia com astronomia é, perfeitamente, compreensível.
Na peça The Tragedy of Hamlet - Prince of Denmark, Shakespeare, diz-nos por intermédio de Polónio: Meu senhor, tratá-los-ei como merecem... responde Hamlet: Valha-te Deus, homem! Melhor! Se tratássemos cada qual como merece quem escaparia sem açoites? Trata-os antes conforme tua honra e dignidade; e quanto menos eles merecerem mais tu mereces por tua benevolência.
Maquiavel, também, defende (cito de memória) ao príncipe é melhor ser temido que amado.
Vamos mal se tivermos de temer o príncipe, se os ignorantes em vez de serem tratados com honra e dignidade passarem a ser açoitados.
O pelourinho pelo menos continua lá, disponível para cumprir a sua (dele) missão.
Talvez esta entrevista seja, apenas, um grande mal entendido... talvez venha a ser desmentida.
Talvez, quem lê estas palavras não saiba o que está dentro daquela mala, ignora-lhe o conteúdo.
Como diria o comentador chinelo anémico: Eu não percebo nada de medicina, por exemplo. Um doutorado em educação física é capaz de nada saber sobre filosofia. Um mestre em psicologia saberá algo sobre circuitos eléctricos? Somos todos ignorantes em campos que divergem das nossas competências e, ou gostos, e esmiuçando o discurso do Sr. Máximo (doutor, desculpe) somos todos ignorantes, menos ele.
No particular do conteúdo da mala até o Dr. Máximo é ignorante.
Há sempre alguém que sabe algo que nós ignoramos, há sempre algo que nós sabemos e mais ninguém sabe.

quarta-feira, janeiro 27, 2010

42/2010 - catástrofe

Cá está o tipo de post em que poderei ser acusado de duas coisas:
1. Procurar aporrinhar
2. Ser aporrinhante
Não é, não foi, essa a intenção...
Aproveito para divulgar um sítio onde comer, vendo.
Vendo, porque eles vendem a comida... vendo a paisagem, uma das mais lindas paisagens urbanas da capital do império.

terça-feira, janeiro 26, 2010

41/2010 - há mais marés que marinheiros

Chamaram-me um dia cigano e maltês... canta Zeca (Sr. Dr. José Afonso).
O meu marinheiro preferido é um maltês (natural da ilha de Malta) filho de cigana.
Usa um grande brinco e um pequeno sorriso carregado de ironia.
Chamaram-lhe Maltese, Corto Maltese.
No B.A.R. Sagres III viajam ambos, a música de Zeca e o irónico sorriso de Corto.
Naveguemos também... que longa é a viagem.

40/2010 - o rosto da virgindade

Eça de Queiroz escreveu n' Os Maias, o seguinte: não tolerava que lhe perguntassem pelo passado; e dizia sempre que remexer a memória das coisas antigas prejudicava tanto como sacudir uma garrafa de vinho velho.
Bem sei que há pessoas que detestam ignorantes, outros acham-se o máximo, achando os outros estúpidos.
Diz-nos o O Mirante: Máximo Ferreira ainda está a adaptar-se ao trabalho autárquico, onde chegou completamente virgem ao nível da política.
Não sou grande fisionomista (confesso) mas o senhor de cima é o meu vizinho António Mendes (Sua Excelência António Manuel dos Santos Mendes se utilizarmos a terminologia plaquística que reproduzi no 35/2010).
A menina é a Sra. Dra. Sandra Xisto ex-presidente da assembleia municipal de Constância com uma votação muito superior à do actual presidente.
O outro senhor, bem o outro senhor, não estou a ver quem é.
É muito parecido com o Sr. Dr. (quase) Pós-Graduado Máximo Ferreira mas deve ser impressão minha... esse é like a virgin, virgem a nível da política, claro.
Virgindade, vinho velho e memórias por um lado, Madonna e Máximo Ferreira a darem-nos música, por outro.

39/2010 - sentir jesus num túnel de luz

Alexandra Solnado, já o sabíamos, conversa com Jesus como quem conversa com a vizinha do lado, com o caixa do supermercado ou com a menina do banco.
O que não sabíamos (eu não sabia) é que Jesus irrompia em túneis de luz, no túnel da Luz e tocava (tocou mesmo) as pessoas.
Vou deixá-los com as palavras do miraculado: Jesus pôs-me dois dedos na cara

38/2010 - mirando o mirante

Brevemente neste blog uma análise efectuada pelo telescópio da nossa objectividade a esta curiosa entrevista.
Manteremos uma rigorosa imparcialidade analítica, procurando, apenas, questionar os factos que a entrevista refere.
Neste blog cultivamos o respeito por todos mas sentimos um especial carinho por aqueles que não puderam fazer da enxada, caneta; pelos que não puderam fazer da picareta, computador... enfim sentimos carinho por aqueles a quem chamam ignorantes, cientes que os mais ignorantes (quase sempre) são os encanudados.

37/2010 - há sempre um caminho

Às vezes adormecemos gelados e tristes.
Gosto de pensar que cada lágrima chorada é, apenas, mais uma gota que cai na terra vai para o céu e voltará à terra em forma de chuva fertilizadora.
Gosto de pensar que nós podemos ser plantas improváveis que crescemos onde não é suposto mas temos sempre opções.
A opção de ficar, a opção de espreitar o mundo sem estarmos enclausurados no rectângulo onde sempre vivemos.
A palavra chave, key wor(l)d, a chave do mundo é: viver.
Viver nos caminhos verdes duma clorofila a que chamamos esperança.

domingo, janeiro 24, 2010

36/2010 - a acendedora de candeeiros



No petit prince, Antoine (António) cria um acendedor de candeeiros.
Talvez o importante não seja aquilo que cada um de nós cria, provavelmente a mais bela criação é a efectuada pela mãe Natureza, o que ela quer, o que ela queria, o que ela quererá...
Hoje quis dar-nos um entardecer colorido e um sol brilhante no fim da manhã.
A fotografia do meio foi obtida na Igreja de Nossa Senhora dos Mártires, Constância e mostra-nos o Sol eclipsado por um candeeiro, as outras foram obtidas na Ermida de Santo Antonio; chamado de entre as vinhas.

35/2010 - a calma no olhar

quinta-feira, janeiro 21, 2010

34/2010 - comida demasiado amidoácida

Pão de Mafra, allóz* e batatas a murro, tudo junto, não resulta... bacalhau à punhos de sá, também, se poderá tornar indigesto.
O melhor comer deverá ser leve, levezinho.
*arroz em chinês

terça-feira, janeiro 19, 2010

33/2010 - coisas boas, coisas belas

Coisas boas, coisas belas... não existirão muitos bloggers no mundo que recordem a raposa do pequeno príncipe a propósito dum oficial nazi.
Existirão ainda menos que recuperem uma frase do único treinador português de bigode farfalhudo, que venceu uma Liga dos Campeões e treinou clubes franceses, a propósito da raposa do pequeno príncipe e dum oficial nazi.
Um post francófono, um blogger com memória.

domingo, janeiro 17, 2010

32/2010 - bar sagres, outras vistas








31/2010 - sagres três, acende a noite na guanabara



A esta barca que chamamos Sagres já lhe chamaram Albert Leo e Guanabara; nome de herói, nome de canção e nome de escola.
Três nomes para um navio, o terceiro navio chamado Sagres.

30/2010 - bar sagres, pormenores





N.R.P. significa: navio da república portuguesa.
Ora B.A.R., barco da armada real, SAGRES, seria um nome muito mais interessante.
Imaginemos um barco chamado MJ, BAR MJ ou D' el Rey, BAR D' EL REY; soaria melhor não?

29/2010 - o mundo ao contrário

(...) s' isto não chega tens
(mais logo, fotos do mundo real)

sexta-feira, janeiro 15, 2010

28/2010 - então é preciso escolher

Existirá algo a que possamos chamar: rebeldia controlada?
A minha rebeldia são aquelas calças de ganga pregadas na parede com uma fisga de madeira, elástico e couro no bolso detrás.
Aquilo que me controla, que me segura, que me ampara é aquela pasta... a pasta do meu avô.
Lembro-o a sorrir, a andar (até ao depósito).
No tempo do meu avô Jacinto, da minha avó Deolinda, o caminho entre a Portela e o Vale do Mestre era ladeado por pinheiros bravos.
Não existia a casa branca nem as outras casas todas.
Havia um senhor e uma senhora que caminhavam amparando-se (também não existiam passeios).
Existiam sonhos.
Anos mais tarde por essa estrada passava um miúdo com uma acelera e uma pasta de couro presa no suporte.
A pasta do meu avô, a pasta que continha os saberes dos meus meninos de Alvega (os únicos meninos a quem vendi o meu pseudo-saber).
Às vezes penso nesse miúdo que fui, no privilégio que tive em, com pouco mais de dezanove anos, poder ensinar.
(nessa altura tinha o décimo segundo ano completo, o serviço militar obrigatório cumprido e trabalhado quase um ano numa fábrica de montagem de automóveis [a Mitsubishi em Tramagal])
Penso, dizia, nestes sindicalistas de bigode a exigirem o sol e a lua sem sentirem no coração o prazer duma criança ou dum velho que sorri porque aprendeu, compreendeu, apreendeu algo.

27/2010 - pela ré (pública) pelo reino de portugal

Já escrevi muito, já escrevi tudo, sobre Alegre, sobre o alegre sonho dum monárquico que ambiciona ser presidente duma ré... pública que sonha Reino, Reino de Portugal.
(já escrevi tudo... mas posso sempre escrever mais qualquer coisita, detenhamo-nos no discurso)

26/2010 - bailador, dando baile à dor, parte um

Manuel terá sido registado como Manoel de Oliveira Costa, era assim que se escrevia aquando do seu nascimento, algures no último quartel* do séc. XIX.
Não se conhece o registo do nascimento mas sabemos que nasceu em São Miguel do Rio Torto, concelho de Abrantes.
Manuel deveria ser um exemplo para pessoas como nós, que, confortavelmente, instalados, lemos e escrevemos num computador e temos o mundo todo ao alcance dos dedos.
Nele, importantes eram os dedos dos pés, pés que utilizava para bailar e para caminhar nas suas intermináveis viagens de negócios e de prazer.
Chegou a exibir os seus dotes de bailador, fandanguista no teatro São Luís em Lisboa, actuou, também, na Covilhã mas acreditamos que era nos bailes populares, nas feiras, com o povo, que se sentia, autenticamente, ele.
Imaginamos o seu ar determinado, o bailador de fandango não sorri, desafia, desafia-se.
Cada vez que um fandanguista dança, compete, interiormente, tentando ser mais rápido, mais certo, mais eficaz que na última dança, compete, também, com o seu parceiro de dança, procurando vencê-lo.
Na época de Manuel, presumimos, que não existisse o dançar ao desafio (como o conhecemos agora) seria one man show onde cada um durante um determinado período mostrava as suas habilidades, sozinho, num palco improvisado.
Deixemos, então, Manuel a bailar o seu fandango dobrado, olhado com admiração pelos outros bailadores; brevemente, falaremos de mais alguns episódios da sua vida e da herança que deixou nos bailadores de Santa Margarida da Coutada.
Nota: Para a elaboração deste post utilizámos** como fonte uma publicação chamada: Rios de Palavras, Colectânea de Poetas Populares de Constância - 1997, Câmara Municipal de Constância.
Voltaremos a este tema.* quartel, no sentido de quarta parte de um todo, como nos referimos a um século, terá nascido entre 1875 e 1900
** quando um único escritor (eu) escreve: utilizámos, em vez de utilizei, chama-se a essa manigância: plural de modéstia... também lhe chamam: plural magestático; considerando o tema que estamos a tratar, chamemos-lhe: plural de modéstia; a modéstia em falar duma arte que não domino (embora tenha nascido no dia internacional da dança, eh, eh, eh); a modéstia de este e os outros posts que escreverei sobre este tema terem sido provocados por um comentador...

quinta-feira, janeiro 14, 2010

25/2010 - a força de acreditar





Uma imagem vale mais que mil palavras, diz-se.
Cinco imagens valerão mais que cinco mil palavras.
Cada um de nós tem emoções que transmite através de linguagem verbal e não verbal.
Emoções que passa através de gestos, de atitudes, de medo e de coragem.
Aquele menino (é uma criança com dezanove anos) sabia o que queria - vencer; sabia como o conseguir - marcar golo; arriscou correr para o sonho.
Tinha tudo a perder, pouco a ganhar.
Poucos jogadores na história do futebol conseguiram aquilo.
Uma jogada coast to coast, de uma área à outra se pretendermos utilizar a língua de Pessoa.
Um menino, uma bola e um destino.
Uma criança a quem chamam Eduardo, Wilson Eduardo...

24/2010 - comer uvas, beber vinho


23/2010 - porque o melhor do mundo são as crianças

A lei que o partido socialista se prepara para fazer aprovar lançando um anátema e estigmatizando um grupo de cidadãos e cidadãs, devidamente, identificados faz-me lembrar as etiquetas cor-de-rosa que o partido nacional socialista de Hitler colava na lapela dos homossexuais.
Como já referi várias vezes sou a favor da adopção pelos pares homossexuais, não por eles, obviamente, não para lhes satisfazer os caprichos, sim pelas crianças.
Eu (julgo que todos pensamos o mesmo) quero o melhor para as crianças, para cada uma delas, para todas em geral.
Quanto mais candidatos existirem maior será a possibilidade de encontrar a família certa para cada uma das crianças.
Criar uma lei específica que diga: se casares não podes adoptar se quiseres adoptar divorcia-te parece-me uma lei pouco justa mas que sei eu? não sou jurista...
Por falar em jurista deixarei aqui na íntegra um comentário que efectuei num «post» escrito pela jurista Isabel Moreira (grande defensora do casamento «gay») que foi considerado impublicável:
Cara Isabel,
A primeira pessoa a falar em pressão gay sobre o presidente da república foi o sr. deputado Miguel Vale de Almeida num «post» publicado neste «blog» (que, posteriormente, eliminaria por razões «pessoais»).
«Post» esse que me inspirou o seguinte comentário:
Eu diria mesmo mais...
1. «há que pressionar Cavaco Silva» acho, lindamente, já estou a imaginar os títulos: " Gays pressionam Cavaco... e gostam"
2. «parentalidade gay e lésbica: a co-adopção, a adopção, a PMA»
Co-adopção? (não faço ideia o que é mas não farei nenhuma piada sobre o assunto)
Adopção, sei o que é, creio, convictamente, que a adopção não deveria estar vedada aos casais homossexuais.
O Partido Socialista (PS) julga o contrário. Podem casar casar mas não adoptar... são casais de segunda.
PMA? Parentalidade medicamente assistida? Um médic@ (estão a ver como sou contemporâneo, moderno é outra coisa, digo cois@) a olhar enquanto um casal faz o amor? Pessoalmente não gosto de «vuaióres».
Estava a brincar...
A partir do momento que um casamento é um casamento não concebo que existam desigualdades; nenhumas.
3. «Em nome, sobretudo, das crianças - reais, que estão aí» sou, assumidamente, monárquico mas aqui iria mais longe que Miguel; das crianças reais e até das crianças republicanas... todas as crianças têm direito a ser adoptadas e quanto maior for a massa adoptante, maior será a possibilidade de efectuarmos escolhas correctas.
Casamento gay, não, chamar-lhe-ia outra coisa... com os mesmos direitos e os mesmos deveres.
Adopção gay sem restrições, sim, sem dúvida.
PMA para casais, legalmente, constituídos... obviamente.Julgo que existe um artigo no código civil que refere em concreto a possibilidade de adopção conjunta após quatro anos de casamento, não sou jurista mas para o código civil um casamento é um casamento; a actual assembleia da república é que pretende estabelecer diferenças, entre os casamentos normais (onde a adopção é permitida) e os casamentos anormais (aos quais a adopção é proibida).
Será assim que acabamos com a discriminação?
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio