sexta-feira, dezembro 31, 2010

461/2010 - quatro palavras em imagens

Definindo 2010 em quatro palavras: república, ponte, pobre, podre ou seja: podre república, pobre ponte.
Este será o último post deste ano, que o próximo seja melhor.

460/2010 - j0-5é mourinho, o resultado do ano

quinta-feira, dezembro 30, 2010

459/2010 - de cinco a vinte de diferença

terça-feira, dezembro 28, 2010

458/2010 - chateando-vos com o camões

Retrato ou auto-retrato?
(...) D. Francisco Manuel de Melo pintou uma ideia (...) ao mesmo tempo que se pintava e nela se revia.
Em 1641, ano da sua prisão em Madrid, por ordem de Olivares por suspeita de amizade com o grupo (...) que fez o 1 de Dezembro, D. Francisco escreve (...) «andei por esse mundo; atentava para as cousas; guardava-as na memória. Vi, li, ouvi» in Carta de Guia de Casados, p. 36
Retratando-nos, mais do mesmo, nós e o nosso mundo, nós, os nossos olhos, a nossa  capacidade e as nossas enormes orelhas.
Olhando a primeira imagem percebemos que a maior capacidade de quem tecla estas palavras, não é a de ver, nem a de ler, é, mesmo, a de ouvir, graças aos imensos pavilhões auriculares que possui plantados, lateralmente, numa exígua cabeça.

segunda-feira, dezembro 27, 2010

457/2010 - bandeira a meia haste

Bandeira a meia haste na Sociedade da Portela, alguém que foi para o céu.
Aquela bandeira hasteada a meio, é sempre tristeza, sempre dor, sempre lágrimas que choro... secamente.
O último, o pai do Paulo da Holanda, o filho da ti Emília ou, simplesmente, o Zé, o senhor Zé Brites.
A morte de alguém é sempre um pretexto para pensarmos na vida, na nossa vida, na vida dos outros.
Lembro o Paulo, das férias de Verão, dos penteados estranhos, da pronúncia divertida e o sorriso, um grande sorriso de felicidade por estar na terra, por não ser um imigrante na Holanda, mas o neto da ti Emília e o filho do Zé. 
Viver é, também, sermos parte de algo muito maior que nós.
Morrer talvez seja, apenas, vivermos, doutra forma...

domingo, dezembro 26, 2010

456/2010 - amélia gaivota

sábado, dezembro 25, 2010

455/2010 - acreditando em maria

em chloe e em bach
(via cantigueiro, um abraço e bom natal, Samuel)

sexta-feira, dezembro 24, 2010

454/2010 - aterra natal

terça-feira, dezembro 21, 2010

453/2010 - santiago, la revuelta de un hombre con huevos

O Pedro simplesmente detesta José, reafirmo, se não o detesta-se não se preocuparia tanto em encher o seu blogue com posts que demonstram uma enorme má vontade em reconhecer o valor de um conterrâneo seu.
É verdade.
Detesto.
Detesto paneleirices.
Nada tenho contra a homossexualidade, sou um liberal na política, na vida e no respeito.
Respeito as opções de cada ser humano, conscientemente, assumidas.
Detesto histerismos e paneleirices.
José, o mister José é um histérico, uma maluca, ai que me estão a prejudicar...
Segurola, coloca-o no seu (dele) lugar, diz-nos:
Con el técnico portugués se produce un fenómeno infrecuente en el fútbol y absolutamente novedoso en el Madrid. Asume su poder de tal forma que ha invertido la relación con el club: el empleado de Mourinho es el Real Madrid, con todo lo que eso supone de subordinación a sus intereses, que él difunde como si fueran los esenciales de una institución que no nació ayer. El Madrid ha sido alguien antes de Mourinho y lo será después, aunque el entrenador no lo tenga muy claro todavía.
Qualquer coisa como: 
Com o técnico português dá-se um fenómeno raro no futebol e uma absoluta novidade no Madrid [no Real Madrid]. Assume o seu poder de tal forma que inverteu a sua relação com o clube; o empregado de Mourinho é o Real Madrid [o Real passaria a ser como a empregada preta da Casa Grande] com tudo o que isso implica de uma subordinação aos seus [dele, Mourinho] interesses, que ele proclama como se fossem os essenciais a uma instituição que não nasceu ontem. O [Real] Madrid foi importante/grande/magestático antes de Mourinho, continuará a sê-lo depois... o gajo ainda não percebeu.
Leio Santiago Segurola e aceno, afirmativamente, com a cabeça, é mesmo isso, pá.
Os Josés (o Mourinho e o Castelo Branco) são portugueses, não é por isso que me sinto obrigado a considerá-los o melhor cantor e o melhor treinador do mundo... há, contudo, outro José que é o melhor escritor do mundo mas, ainda, não sabe, ainda, não o sabemos.
fontes & alambiques

452/2010 - no lindo laranjal da verdade

Há pessoas que chegam aqui e olham letras negras em branco fundo.
Outros chegam ao blog do Pedro.
Outros virão à procura de imagens.
Há quem procure frases polémicas e opiniões certeiras.
O mesmo.
Sempre o meu mesmo.
Eu e a minha circunstância.
Eu e o meu galo.
... o meu galo vê-as

451/2010 - um, dois, três, quatro, cinco e onze

Há pessoas e pessoas e existe a natureza.
Sou um apaixonado pela vida, por todo o tipo de vida, da animal à vegetal e à mineral.
Pode parecer pancada (e é) normalmente, ando sempre com uns binóculos (para ver aves) e com uma máquina fotográfica para registar momentos... nunca os aponto a pessoas; gosto de pensar a vida sem «seres inteligentes».
Na imagem acima (é uma só, mais ou menos, ampliada) vemos a natureza, o azul do infinito, o branco da água que sobe, o verde das canas que cantam, com as carícias do vento... vemos, também um poste de electricidade e um sinal de trânsito coberto com negro plástico da vergonha.
Olho a imagem e ela segreda-me três nomes:
1. Josep Guardiola... 1 - 5
2. Paulo Sérgio........ 0 - 3
3. José Mourinho..... 1 - 0
Os dois primeiros nada valem, sorriem e dizem que são, apenas, o vento que faz as canas (os jogadores) darem-nos concertos de felicidade num verde campo.
O terceiro é um sinal obrigatório, uma seta apontada ao seu (dele) egocentrismo, um sentido único de vergonha vestido, tapado.
Um (em casa).
Um, que deveria ler este post e pensar:
Se calhar o Pedro Oliveira tem razão, provavelmente, sou um gajo arrogante, sempre a tentar parecer maior do que aquilo que sou. 
O futebol é mais que um jogo, é arte, os artistas são os jogadores. 
Como jogador não prestei para nada... mas a arte só é possível com quem a proporcione, motive e induza. 
Como proporcionador (treinador) da arte, também, não inovei nada de belo, sou um resultadista, um medroso (merdoso), até no jogo que o Pedro fala, ali em cima, tirei o meu único avançado... para defender o zero a zero, na altura, parecia-me um bom resultado.
Ganhei.
Posso não prestar, os cinco a zero que levei em Barcelona provam-no, mas lá que tenho muita sorte, tenho.
Parece que estou a ouvir o Zé a dizer-me isto, sorria e dizia-lhe:
Zé, o Paulo Sérgio com a tua sorte (se pontapés nos paus, golos fossem) ia à frente no campeonato, vejo-o a sorrir, destemido, vejo-o (ao Paulo Sérgio) a olhar os jornalistas e a dizer:
Sou mais um num grande grupo, mais um num grande clube, eles é que jogam... de um a dez eles são onze em campo, eu tento ajudá-los... a serem felizes.

segunda-feira, dezembro 20, 2010

450/2010 - senhor... das almas

449/2010 - o senhor das calmas

quinta-feira, dezembro 16, 2010

448/2010 - a putativa ignoesperância

A veemência com que defende a tese dos McCann, diria que também defenderá sua intocável, inquestionável e muito hábil inocência? 

Não.

Se tenta enveredar por esse caminho, decerto sentirá regozijo com a condenação pública e pior, a devassa pessoal a que foi sujeito o inspector-chefe Gonçalo Amaral, que mais não fez que provar com factos a sua versão desta história para sempre mal contada?

Não. Não sinto regozijo nenhum.

Neste momento estamos a assistir a pormenores que apontam noutro sentido, o caminho da verdade que tem sido escamoteada através do dinheiro angariado por beneméritos para hipotéticamente encontrarem uma menina raptada e com isto não estou a defender a outra questão que se levanta com as informações secretas que têm sido divulgadas. Já agora também gostaria de saber a sua opinião sobre esses segredos (volto a dizer que não sei se é éticamente correcto ou não a divulgação desta informação), parece-me que estes «segredos» mais não são que canalhices bem escondidas da parte dos grandes senhores do grande capital e da guerra, ao fim e ao cabo de quem detém o poder que aplica sem escrúpulos sobre a população mundial, queira então pronunciar-se se assim o entender sobre este «nojo» que menciona.

Não. Não me pronuncio.
Não me pronunciei sobre as escutas a Pinto da Costa, nem a Filipe Vieira, nem a Sócrates, nem a Vara, não gosto de falar de excrementos orgânicos, a não ser os que conheço, aqueles que resultam de animais e servem para adubar as terras.

No que concerne ao caso McCann, um a coisa é certa, a menina nunca mais volta a aparecer, fosse morta ou raptada (!!!), disso não dúvide e segundo consta é essa também a opinião dos próprios britânicos (inclusive da polícia) e igualmente também sabemos que mais uma vez aproveitaram-se do nosso terceiro mundismo (e da ganância dos nossos politicos) para nos exporem depreciativamente (o velho imperialismo britânico).

Não percebi.
Sinceramente, não percebi a mistura de imperialismo britânico com o nosso terceiro mundismo, seria o nosso primeiro mundanismo?
A minha fé alicerça-se na crença, nas folhas que caindo se renovam e na evolução dos mamíferos.
O alicerce da evolução é o prazer sorrido da brincadeira não o tacticismo malévolo do jogo.
Harry Potter / Valdemort
Democracia / República
Guardiola / Mourinho
Verdade / Mentira
Vinho / Água
Bem / Mal

terça-feira, dezembro 14, 2010

447/2010 - dúvidas sobre as acções dos pais de madeleine

Acho um nojo tudo o que se tem escrito e comentado sobre documentos que deveriam permanecer secretos.
Perguntar-me-ão: Estás a comentar e a escrever sobre algo que te enoja?
Estou.
Faço-o enojado e alicerçado no meu inglês medíocre; onde é que no telegrama que acima reproduzo é evidente para alguém que os McCann assassinaram a filha?
A única coisa que me parece evidente, é a recomendação final, para não existirem especulações, deixem os comentários dentro de portas fechadas, secretos, porra (acrescento eu).

446/2010 - dez anos é pouco tempo

El Mundial Sub-20 con Argentina en Holanda fue su espaldarazo de salida y, a partir de ahí, cayeron cuatro Ligas, dos Champions, un Mundial de Clubs, una Supercopa de Europa, una Copa... todo con el Barça, más el Balón de Oro, el FIFA World Player, la Bota de Oro, el Pichichi, la pulverización de récords... ya a nivel individual.
Con sólo 23 años, y sin saber aún hasta dónde llegará la leyenda de Leo Messi, el crack azulgrana jura amor eterno. "Firmo estar diez años más en el Barça", confiesa a MD. De momento, de los diez años que lleva ya en el club, cuatro de ellos los ha entragado en cuerpo y alma a darlo todo por el equipo y a hacer disfrutar a la afición culé con su enorme repertorio. Ya es el número 1 del mundo. Sólo le queda confirmar ser el mejor de todos los tiempos

segunda-feira, dezembro 13, 2010

445/2010 - a senhora do caminho, do carinho

Os nossos nichos serão, paradoxalmente, sentinelas de paz e de revolução [Maria Guardiola]
Pimentel, Irene Flunser; p.329

Senhora do caminho, escreveu o Cidadão num comentário.
Senhora do carinho, digo eu.
Aquilo que todos procuramos é compreensão, carinho (paz) e liberdade (revolução).
Paz e revolução como o futebol sorriso do neto de Maria, Guardiola.

domingo, dezembro 12, 2010

444/2010 - morcegos que tentam ver o sol

Aristóteles afirma (...) que nas coisas mais manifestas por natureza deparamos com dificuldade semelhante à dos morcegos que tentam ver o sol, então, se o nosso desejo não é em vão, o que desejamos é saber o que ignoramos. Com efeito, nenhum outro saber mais perfeito pode advir ao homem, mesmo ao mais estudioso, do que descobrir-se sumamente douto na sua ignorância (...) será tanto mais douto quanto mais ignorante se souber. [páginas 4 e 5]

443/2010 - não tenho o talento e as qualidades que um primeiro ministo deve ter

442/2010 - a liberdade e a burka

sábado, dezembro 11, 2010

441/2010 - a liberdade de burka

440/2010 - assim se vê a força do pc, presidente cavaco

439/2010 - vão-se qatar

quarta-feira, dezembro 08, 2010

438/2010 - o religião é o ópio do povo

Karl Marx, volta que estás perdoado, então não era proletários de todo o mundo uni-vos?
Agora o Partido Comunista Português é patriótico?
Uma espécie de pnr de esquerda...

437/2010 - víctor e a vitória

Víctor nasceu em 20 de Janeiro de 1987, cerca de dois meses depois o autor destas linhas seria obrigado pela república portuguesa a servi-la como militar.
Em 1988 eu passaria à disponbibilidade e Víctor começou a dar os primeiros passos, mostrando-se disponível para andar, para correr transformando-se no menino/homem que é.
Com nove anos entrou pela primeira vez no mundo mágico de Camp Nou, brincaria, jogaria com outros meninos Cesc (Fàbregas) Leo (Messi) e Piqué... todos nascidos em 1987.
As lesões afastaram-no durante muito tempo dos palcos principais.
Mas quando temos vinte e três anos todos os sonhos são possíveis, ontem Victor marcou pela primeira vez na «Champions League» não passou despercebido o sentido abraço que Messi lhe deu, não passou despercebido o carinho com que Piqué (ontem pela primeira vez capitão do Barça) o felicitou.
Piqué, Messi e Víctor, três meninos de 23 anos num clube que é mais que um clube.
fontes & alambiques
o filme (que serviu de inspiração para o título do post)

436/2010 - não há voz que se sustente sem espectros

Em Outubro divulguei um texto de Llosa... mais uma achega para a discussão.

segunda-feira, dezembro 06, 2010

435/2010 - portáteis, vivos, anónimos e felizes

                                           Não sei se isto é um poema

                                           Hoje quase ninguém sabe o que são poemas
                                           porque estão ocupados com outros temas.
                                           Mesmo que este não seja um poema
                                           está a saber-me bem escrever!
                                           Depois de pronto, ele e o entusiasmo
                                           aninharam-se no meu bolso e saímos à rua,
                                           portáteis, vivos, anónimos e felizes por ter
                                          este segredo só nosso para esconder!
aqui, p. 22

434/2010 - toponímia

Do Vale do Inferno à Barreira Vermelha, passeando pela Foz...
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio