sexta-feira, maio 30, 2008

1358 - balas e baladas

Três anos.
Um blog que não dispara balas, atira com palavras.

1357 - mata-frades e o 25 de novembro

174 anos.
menos tempo...

quinta-feira, maio 29, 2008

1356 - mancini, o player e mourinho, o voyeur

O que separará Mancini de Mourinho?
Mancini participou num Europeu e num Mundial com o símbolo do seu país junto ao peito, correndo dentro do campo, rindo, suando, chorando.
Mourinho passou grande parte da sua carreira (como jogador) a chorar.
Fazia-o era no banco e na bancada.
Recuemos à época de 1981/1982, Mourinho (filho) era um promissor atleta do Rio Ave, treinado por Mourinho (pai).
Foi convocado para o jogo de 16 de Maio de 1982, um espectador «special» da festa do título.
Cinco golos de Jordão e dois de Manuel Fernandes.
Em Itália, Mancini crescia, sorria...

1355 - é mentira, é mentira, é mentira sim senhor

Quatro anos, dois meses e nove dias depois...
As mentiras continuam desta vez com com uma maioria de esquerda na assembleia.

quarta-feira, maio 28, 2008

1354 - escurtínio e fesforra

Se eu fosse candidato diria:
não contem comigo para clarificações nem para escuridificações, no PSD do futuro têm lugar claros e escuros, gajos e ciganos

1353 - patinha, patilhando e patilhar

O espírito de patilha.
Gosto de patilhar.
O João, também.
Patilhou um post.
O primeiro comentador apanhou o espírito da coisa e comentou, patilhando.
Ninguém mais se apercebeu da ironia da coisa.
Patinha, antão...
Partilha... então

1352 - paz

1351 - esmeralda super estar

O pesadelo da criança chegou ao fim, as fátimas, os pedopsiquiatras, os jornalistas/romancistas e tantos outros que alimentaram o folhetim do sargento que esteve preso por amar, perceberão, finalmente, que o senhor Luís Gomes esteve preso por não cumprir a lei. Tivesse ele cumprido a determinação do tribunal (texto do acordão) :
«Esmeralda Porto nasceu no dia 12 de Fevereiro de 2002 (...) Baltazar é notificado, nos autos de averiguação da paternidade comparecendo no tribunal (Sertã) perfilhando de imediato a menor no dia 24 de Fevereiro de 2003.»
... e a menina estaria a viver com o pai há mais de cinco anos.
O problema é que se assim fosse não se venderiam livros, não se efectuariam patéticas acções de solidariedade, os pedopsiquiatras não teriam oportunidade de nos esmagar com o seu imenso saber.
Vamos todos deixar a família de Baltazar em paz, sim?
Já sofreram demasiado...

terça-feira, maio 27, 2008

1350 - tudo está bem quando acaba bem


Deixem-nos ser pai e filha, agora.
Em paz.

segunda-feira, maio 26, 2008

1349 - vai chamar marreco a outro

Ronalda (Kátia Aveiro) sobre o mano.
Ronalda não sabe (nem sonha) mas Marreco vai vestir de cor-de-rosa, saltitar como papoila e chamar mister a Flores.
Ronaldo, não.

1348 - quem meus filhos beija minha boca adoça

Gosto que visitem a sede da minha freguesia.
Gosto que os forasteiros sejam bem recebidos.
Sorrio ao imaginar a clientela do café da Maria José, a cara do Sr. Xico Varino ao ouvir um senhor que não conhecia de lado nenhum a perguntar-lhe pelo Pedro Oliveira e pelo blogue...
Sorrio ao pensar que talvez fosse o Pedro Varino que estivesse atrás do balcão (nesse caso conhece o blog e não devia estar com disposição para conversas).
Sorrio ao imaginar um repórter invulgar em Santa Margarida.
Deixo de sorrir quando imagino um senhor com responsabilidades políticas que reparou no sorriso da funcionária mas não viu as lágrimas daqueles que tentam em vão, de cadeira de rodas, galgar os degraus de acesso à Junta.
Bibliografia recomendada:

1347 - grant, tenta um ângulo diferente





O meu amigo Pico, dizia-me, ontem:
Ouvi muito o seu elogio ao Grant treinador do Chelsea e o desdém a Mourinho...Que me diz a este despedimento porque não ganhou nada de nada?!
Digo que é/foi uma tristeza.
Tenho uma carreira profissional com muitos anos, julgo que comecei a trabalhar, remuneradamente, com dezasseis anos.
Fui/sou (julgo que tudo o que somos/fomos) e falarei, apenas, de profissões remuneradas, animador cultural, ajudante de electricista, professor, operário fabril, bancário, vendedor de livros porta-a-porta, fotógrafo [vencedor de concursos fotográficos], militar (não estão por ordem cronológica) e outras que não me ocorrem.
Nunca prostitui as minhas palavras.
Nunca fui despedido.
Tristeza, disse.
Tristeza por Abraão (Avraham) Grant.
Há pessoas que sabem lidar com o sofrimento, tiveram os avós mortos em campos de concentração, vivem num país odiado por todos os vizinhos.
Existem outros que convidados para tradutores construiram uma carreira de conflitos e traições e depois convidados por presidentes desonestos chegaram a treinadores principais.
Disse ali atrás que nunca fui despedido, ficaria muito triste se o fosse, que alguém ocupasse o meu lugar e fosse melhor que eu na minha profissão, no entanto, se isso acontecesse dar-lhe-ia os parabéns... qualquer coisa como: obrigado Abraão, conseguiste levar o Chelsea onde nunca tinha estado (à final da Liga dos Campeões) também, tens nome de pai, eu chamo-me, simplesmente, José, o putativo pai do menino. Olha que se lixe, Abraão em três anos no Chelsea, perdi:
- 3 Ligas dos Campeões
- 3 Taças de Inglaterra
- 2 Taças da Liga
- 2 Super Taças
- 1 Campeonato Inglês [cf. com A Bola 2008.05.26, p. 3]
Mesmo assim na república portuguesa acham-me o máximo, há lá um sacana chamado Pedro Oliveira que não me grama e põe a nu o meu fraco curriculum, ainda assim, há sempre quem me defenda, há por lá um senhor do Souto que é especialista em tudo e mais alguma coisa, que põe esse malandro do Pedro no seu lugar, esse senhor sabe que eu - José Mourinho - sou um verdadeiro símbolo da portugalidade.

1346 - os prazeres de saramago

Hoje é dia de dizer bem.
A morte é democrática torna-nos bons homens.
Hoje é dia de não ler.

domingo, maio 25, 2008

1345 - a essência da portugalidade, serafim saudade

Serafim, Serafim Saudade
Aqui estou e na verdade sei que sou o que sonhei
Serafim, Serafim sou eu
Trago comigo o que é meu, este nome que criei
Serafim, Serafim aos molhos
A saudade nos meus olhos em milagres de prata
Serafim, Serafim artista
De rádio, de tv-disco e de cassete pirata (refrão)

Serafim é o meu nome
Já passei fome, já passei fome
Suportei tacos ofensas
Tive doenças, tive doenças
Dava um livro a minha história
Mais inglória, mais inglória
Numa estrada de amargura
Minha vida é uma aventura, tão honesta e meritória

O meu pai fugiu de casa
Com grão na asa. Com grão na asa
Minha mãe ficou demente
Foi de aguardente, foi de aguardente
Fui viver com uma tia
Que me batia, que me batia
Ainda novo andei nas obras
Entre lagartos e cobras, trabalhando como um cão
Nos momentos de cansaço
Afinava no bagaço e cantava esta canção

Refrão

Vivi num país distante
Fui emigrante, fui emigrante
E lá longe no estrangeiro
Ganhei dinheiro, ganhei dinheiro
Trouxe mais de dois mil contos
Fora os descontos, fora os descontos
E abri um restaurante
Jeitosinho e cativante, onde canto pra vocês
E a Teresa de Bragança
Companheira de confiança, fez de mim mais português

Refrão

Carlos Paião escreveu-o em 1985.
Vinte e três anos depois o que mudou?

sábado, maio 24, 2008

1344 - obviamente, pois




É óbvio que aquilo que o general respondeu foi:
- Obviamente, demitia-o
É óbvio que a frase mais importante do século português nunca foi pronunciada.
É óbvio que a investigação histórica da república é uma investigação à Miguel Sousa Tavares.
É óbvio que isto é um pormenor, obviamente.

1343 - o arrastão completa dois anos e ameaça continuar



Entendo a blogosfera como um espaço sem barreiras, onde pessoas sem peneiras trocam opiniões porreiras.
Daniel é republicano, eu monárquico e democrata.
Eu sou sportinguista, Daniel também.
Daniel tem um blog que completa dois anos, eu dou-lhe os parabéns.

1342 - que levais no regaço...

... são rosas, são flores, são papoilas saltitantes

1341 - valha-te gabriel, miguel


A equipa de reportagem do blog santamargarida sempre apostada em proporcionar aos seus leitores a melhor informação e reflexão sobre importantes temáticas, procurou afastar a rama e descobrir... afinal onde está o romancista?
Na república federativa brasileira não seria, certamente, que daí ele consegue acompanhar tudo.
Um bom repórter deve desconfiar de si próprio.
Foi o que fiz.
Voilá.
Olha ele aí, cara, na Rua das Pelotas, São Paulo.
Por esta altura alguns dos leitores estarão desconfiados, então o gajo há dois anos soube que o Porto foi campeão em Alvalade e agora está incomunicável em São Paulo?
Para não acharem que é má vontade minha vou deixá-los com um extracto do último (até agora) livro do romancista:
Eu, Diogo Ribera Flores, filho do campo e do sequeiro, herdeiro de sobreiros, azinheiras e oliveiras, alentejano por berço e condenação perpétua, deixei mulher e filhos, deixei mãe e irmão, deixei terra e Pátria, deixei esse ar espesso e opressivo de um Portugal amordaçado, para flutuar neste balão gigante sobre o mar e sobre a vida, esperando que no fim da viagem haja um Novo Mundo à minha espera. Não podendo vir de caravela, vim de Zeppelin, e, fosse eu dado aos relatos, como Pêro Vaz de Caminha, também escreveria à minha Rainha - porque Rei não tenho - o diário desta viagem e das minhas descobertas. Ah, mas eu não tenho essa consistência e perseverança dos descobridores! Eu sou leviano e ligeiro, sou mais dado às sensações do que às realizações, mais depressa me sirvo a mim do que à Pátria. Graças a Deus, não nasci em 1500: nasci tarde de mais para o desconhecido, cedo de mais para a lucidez. Não sei o que procuro, mas sei do que fujo. Não sei o que encontro, mas sei que vou, que flutuo - como este grande balão, devagar e em frente, suspenso sobre tudo o que são as certezas, a terra firme onde os outros são felizes e realizados e eu não. Chego à janela entreaberta do Hindenburg e olho para o mar, lá em baixo: aspiro a sua humidade e o seu sal a plenos pulmões, peixes-voadores sobrevoam a crista das ondas vadias, golfinhos desenham a sua sombra logo abaixo da linha de água, em vão procuro o perfume a clorofila que anunciará a costa do Brasil, vejo o retrato de Amparo, e do Manuel e da Assunção, reflectido na superfície do mar e não sei que lhes diga. Não tenho razão alguma explicável para estar aqui. Um capricho, disseste tu. Uma obsessão, um egoísmo, uma infantilidade, sentenciou o Pedro. É tudo verdade, que posso eu dizer? E, todavia, flutuo. Estou entre mar e terra, entre a Europa, cansada e demente, e o Novo Mundo, onde tudo só pode ser diferente. Flutuo, estou feliz, bebi de mais ao jantar, o luar de prata dançando sobre a água aqui debaixo faz-me sentir eufórico e alheio, aproveito este intervalo, estes dias em que não sou de lado algum, em que não tenho pé em terra nem no mar, para pensar no concreto da vida. E, quanto mais penso, mais me apetece que esta viagem nunca mais acabe."
Destacam-se as palavras «me sirvo a mim» vou conjugar o verbo completo:
- me sirvo a mim
- me sirvo a ti
- me sirvo a ele/ela
- me sirvo a nós
- me sirvo a vós
- me sirvo a eles/elas
... sentenciou o Pedro (eu, portanto).


1340 - a plenitude para mourinho, p**** e vinho verde

Este blog é lido para famílias e por menores.
As crianças, de um modo geral, não gostam da palavra que optei por omitir, não que me apeteça censurar, apenas, porque julgo que há palavras que deveriam ser impublicáveis num jornal como A Bola.



1339 - co(r)pos

(p)arte

sexta-feira, maio 23, 2008

1338 - «galpgália»

1337 - o aparte heidi

Foi mau, muito mau...
O multiculturalismo é bom.

quinta-feira, maio 22, 2008

1336 - ó rama, ó que linda rama




Há cidadãos que insistem em abordar a realidade pela rama.
Hoje (o jogo acabou às duas e tal da manhã de Moscovo, dia 22 de Maio, portanto) mais que um jogo existia uma luta entre imperialismo e democracia.
Dum lado uma empresa americana equipada de vermelho como os republicanos de Bush.
Do outro um homem cujo avô e o pai estiveram num campo de concentração nazi, tendo sobrevivido o segundo. Um clube com um leão rompante, azul e branco como a bandeira de Israel, um clube vestido com uma marca alemã.
No final deste jogo não existiram dedos apontados ao árbitro...
Numa luta desigual de onze contra dez, Drogba, o menino negro da Serra Leoa, fora expulso porque adivinhava-se... seria ele o herói.
Os heróis querem-se brancos, vestidos de vermelho e equipados com nike, mesmo que nem um penalty consigam marcar.

1335 - «un ladron llamado viaraço»




Ir combater para a Áustria e Suiça treinados por um brasileiro, com jogadores nascidos em França, no Congo, na Madeira e no Brasil parece-me bem, não é por acaso que a bandeira da república tem uma esfera armilar.
Como se chamará a nossa falange (ter-se-ão perguntado)
Viriatos, alguém disse... como aquele pastor assassino que desbaratoulhes muytas hostes e matou deles muytos homeens honrrados, o guerreiro que tentou impedir a civilização romana de entrar na Península Ibérica.
Viriato é um mito criado pela ditadura salazarista, Viriatos foram camaradas de armas de Franco, esmagando a república espanhola, democraticamente, eleita.
Continuo a achar: Irmãos Cavaco uma denominação muito melhor.


1334 - «sad-ness»

Nesta imagem não são os olhos de Jeff que nos interrogam.
Os olhos de Jeff fecharam-se para sempre no Rio do Lobo (Wolf River) água, fogo e terra por esta ordem.
A quem pertencem aqueles olhos, então?
São olhos tristes de um homem que falhou o pontapé no destino...
música ambiente

terça-feira, maio 20, 2008

1333 - um homem «hemodializado» e um pai, apenas, pai

Putos como eu lembrar-se-ão do cão D. Pantaleão e do cão, apenas, cão.
José Barata Moura, o filósofo cantor, ensinou-me há muito tempo que mais vale andar à chuva e ao sol que ter cartola e trela.
O erro de Luís, o sargento Luís (prefiro o soldado Luís que tombou numa guerra que não era sua) não existe só naquela palavra incorrectamente escrita.
O erro de Luís começou quando julgou que o amor se vendia, que com dinheiro tudo se consegue.
Podem organizar festarolas em locais cujo nome remete p'ra confusão: POLITEAMA.
Poli, significa várias (dantes passavam muitas variedades naquele cinema, não eram sessões contínuas como no Olímpia mas era animado e diversificado, dizem...).
Não pretendo divagar.
Pretendo, apenas, que se cumpra a lei.
A da adopção.
A da república.
A república obrigou Baltazar a ser testado como pai.
Baltazar testou-se e disse: se for pai quero a menina o mais rapidamente possível.
(segundo os apoiantes daqueles que por meios ilegais pretendem usurpar a criança ao pai, a bebé tinha seis meses [quais as sequelas numa bebé com seis meses? (à consideração dos pedo-psico-qualquer coisa que nos entompem com as doutas opiniões)]).
A república disse: és pai
Baltazar espera.
Luís organiza festarolas...

segunda-feira, maio 19, 2008

1332 - gipsy king

1331 - jesualdo em-polga-do





Este é o lance que na opinião do Prof. Jesualdo Ferreira decidiu o encontro.
1. Lisandro vai tocar a bola com o pé direito com demasiada força. Não tem nenhuma hipótese de recuperar aquela bola. Polga está longe não há nenhum contacto entre os dois.
2. Polga tenta chegar à bola, tem o pé direito fora da área, a bola foi pontapeada com demasiada força, Polga não lhe consegue chegar, Lisandro que está mais atrás, obviamente, também não conseguiria.
3. Lisandro vendo que não consegue chegar à bola força o contacto com Polga.
4. Lisandro atira-se, acrobaticamente, para o interior da área
5. Lisandro olha com olhar suplicante para o árbitro (esta cumplicidade Lisandro/árbitro faz-me lembrar a célebre imagem de Paulinho Santos na maca a erguer o polegar direito para o banco de suplentes).
A bola sai pela linha de fundo.
É marcado pontapé-de-baliza.
Jesualdo acha que um pontapé-de-baliza é uma jogada de contra-ataque.

domingo, maio 18, 2008

1330 - bonifácio, tu aí

Meu moleque, lá, o Meireles tá dizendo que foi uma vergonha, foi mesmo.
Tomámos quatro gols, felizmente pra nóis o Olegá só considerou dois, não tinha jeito de anulá, né.
Bem feito pró Paulo Bento vou xingá ele dizendo que o Nacional conseguiu-nos ganhá por três e o garotão do penteado esquisito e da tranqüilidade só por dóis, eh, eh, eh e marcados por um cara chamado Bonifácio.
Ah e como os jornalistas são burros mesmo, vou dizé que houve uma falta sobre o argentino da barbicha e que no contra-ataque o time do Paulo marcou, aposto que ninguém reparou que a jogada do primeiro golo do Bonifácio principiou num tiro de meta...

1329 - foi um «very-light» que o matou num dia de infelicidade

18 de Maio, 12 anos atrás.
Nos três jornais que comprei hoje: Público, Diário de Notícias e A Bola nem uma linha nos fala de Rui.
A Bola foi para Cu de Judas (freguesia de Água Retorta, São Miguel, Açores) entrevistar Manuel Cabral que «domingo à tarde [hoje] estará sentado no sofá com o Espírito Santo a abençoar o momento "não vou torcer por nenhum deles. Se fosse o Benfica a estar na final então aí já seria diferente..."»
Pergunto-me, num dia de jogo entre Sporting e Porto qual será o interesse jornalístico de ocupar duas páginas, 10 e 11 a entrevistar um benfiquista no Cu de Judas? Será que não encontraram nenhum mais perto?
Os jornais desprezam a morte e a memória dos que partindo ficaram para sempre nos nossos corações.
Há quem os não esqueça...

quarta-feira, maio 14, 2008

1328 - fome que grassa, fome de graça

Agora você vê, um pai que nem eu, criei meus irmãos, depois que estava criado, eu casei, a mulhé adquiriu quinze filhos. Nóis vive hoje, nóis está com quarenta e cinco anos de casado, tudo criado esses filhos, o caçulo, o filho único, está com 16 anos, está lá criado. Também comi o pão que o diabo amassô. Trabalhei dia e noite, dia e noite, domingo o dia todo... Para mim nunca teve dia Santo, nunca teve folga. Vim folgá depois que aposentei que eu falei agora num ‘guento mais, num ‘guento mais... tô obrigado a pará. Era assim: no mês de maio, começava a pôr arroz, a roçá, roçá a roça, adubá... Naquele tempo num tinha negocio de tirá carvão não, era roçá, derrubá o mato, picá e por fogo. Virava um roçadão aí. Aí quando dava o primeiro de outubro, planta primeiro algodão, passava a mamona, as carreira de mamona... porque naquele tempo que nóis mexia, vendia a mamona, que dizia eles que a mamona era pra fazê azeite pra lubrificá os tanques de guerra. Mamona dá muito oleo.Mais eu já sofri muito, num estudei, num sei lê, num sei escrevê, num sei nada. O negocio é trabalhá. Trabalhá. Mais eu já enfrentei dureza, assim no machado, rachá a madeira... Todo tempo todo. Pensá assim: a pessoa trabalhá tanto, ele num tem nem apetite nem de comê mais, ele num tem força, num tem vontade de comê, acabô demais, esgotô a força, esgotô os nervo, o destino dele arrasô que ele ficasse sem ‘guentá, tremendo assim... Muchas vezes eu ficava assim, tremendo... Tomava uma água de açúcar pra mim guentá trabalhá. Pra num vê meus filhos sofrê fome. Já fiz. Isso já aconteceu muitas vezes. Trabalhá um dia todinho apegando com Deus, ir lá na água, bebia um copo de água e trabalhava limpando roça, pra num vê os filhos sofrê. Isso eu já fiz mutchas e mutchas vezes. O dia amanheceu, o sol estava lá às sete horas, ‘nton tem que trabalhá.

Trabalhar.
A solução para a fome.
Na república portuguesa, claro.
Há terras, enxadas e sementes.
Mãos à obra?
Não à opus, nem à opus dei...
Não dei, nem dou peixe, procuro dar canas, ensinar a pescar.
O padre (lembro-o como padre em Santa Margarida) Zé da Graça sabe mais a dormir que muitos acordados... alertou para a fome?
Temos de saber lê-lo, perceber o que ele nos quer dizer, atrás daquele sorriso irónico há muita sabedoria.
Aquilo que ele queria dizer (e aqui concordo com um dos meus mais activos comentadores) era:
- Nelson, pá... mais dinheiro para quê? Preocupa-te com as pessoas, com as condições de habitabilidade dos fregueses, deixa-te de tretas, de açudes, de barragens e de queixinhas...
Há pessoas com vidas sofridas...

1327 - zé pinto de sousa, que maçada, pá...

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa , Vilar de Maçada
Tu és o Zé que fumas
Tu és o fumador
Tu és um mariquinhas...
És um mariquinhas, pá.
Gajo que é gajo, fuma e bebe no avião e apalpa o pessoal de bordo.
Andava o sacana do Lopes a difamá-lo com os colos e tal e afinal o gajo até fuma, pensei quando ouvi a notícia, temos gajo...

1326 - «obedientia civium urbis felicitas»

Lisboa continua, infelizmente, a ser o centro das conspirações contra Angola e alguns órgãos da imprensa portuguesa fazem gala em propalar mentiras sobre a realidade angolana ou injuriar e difamar os governantes angolanos.
É um hábito que vem de longe e só se justifica pelo ódio ao MPLA, a organização política que derrotou o colonialismo e ajudou a derrubar o regime fascista português.
Até agora, os mais baixos ataques ao nosso país e aos nossos dirigentes políticos têm passado sem resposta. Mas chegou a hora de dizer basta porque, apesar de os racistas terem o direito a serem tratados como doentes, têm também de ser responsabilizados pelos seus actos, sobretudo se desempenham cargos de responsabilidade ou notoriedade pública.
O músico irlandês Bob Geldof foi a Lisboa para injuriar e caluniar os nossos governantes, numa operação que, sabe-se agora, também envolveu o semanário português “Expresso”.
Henrique Monteiro, o director do jornal, na edição de ontem escreve um editorial onde repete as calúnias de Bob Geldof e cita outras mais antigas de Mário Soares, no mesmo tom.
Para Henrique Monteiro, Geldof e Mário Soares têm razão, Angola é governada por criminosos. O director do “Expresso” invoca a lengalenga do costume, afirma que toda a gente sabe que essas alegações são verdadeiras, mas não avança com um único dado novo.
Monteiro diz que os políticos e empresários portugueses têm medo de denunciar os corruptos e governantes criminosos angolanos.
De tudo isto só nos ocorre dizer que é uma pena que, trinta e quatro anos depois do 25 de Abril, venha alguém como o senhor Henrique Monteiro levar o prestigiado semanário “Expresso” para os níveis que nos habituou “O Diabo”, de triste memória.
Mas o director do Expresso adiantou já esta semana algo mais do que o músico Geldof.
Diz que Jonas Savimbi foi assassinado.
Com isto se percebe até onde Geldof e os seus maestros queriam chegar. Se esta afirmação fosse verdadeira, de facto, o Governo que consentiu o assassinato seria criminoso. Nisso estaríamos de acordo. O problema é que Jonas Savimbi não foi assassinado. Morreu em combate, como toda a gente sabe, na última batalha que o seu exército ilegal travou contra as Forças Armadas Angolanas.
E só depois desta batalha foi possível assinar a Paz do Luena, dissolver o que restava do exército ilegal de Jonas Savimbi e fazer a reconciliação entre os angolanos.
Só agora se compreende que os amigos do distribuidor do dinheiro dos diamantes de sangue ainda continuam a chorar a morte de um dos maiores criminosos dos tempos modernos, só comparável a Hitler em maldade e brutalidade.
Savimbi e o seu exército ilegal assassinaram milhões de angolanos. Destruíram aldeias, vilas e cidades.
Destruíram equipamentos sociais e infra-estruturas importantes que fariam hoje imensa falta a todos os angolanos.
Ao não aceitar os resultados eleitorais, reconhecidos pela ONU e pela Troika de Observadores, Savimbi recusou o jogo democrático e regressou à guerra, dirigindo um exército ilegal, que estava escondido para agir no momento da derrota eleitoral.
Por isso, quando morreu em combate, o Povo Angolano não chorou a sua morte e ninguém pôs luto por ele.
Henrique Monteiro sabe que é assim, mas alguém lhe encomendou outro sermão para fazer coro com Bob Geldof, aceitando participar num concerto inqualificável, pois visava manchar a figura do embaixador de um Estado estrangeiro.
Outras vozes, tão cómicas como as destes dois megafones, vão também aparecer, porque se aproxima a hora da verdade eleitoral. Mas não será porque repetem até à saciedade que Savimbi foi assassinado que a verdade passa a ser a mentira por eles propalada.
Não é porque afirmam, sem provas, que Angola é governada por corruptos, que o Povo Angolano vai hipotecar o seu futuro aos que enriqueceram à custa dos diamantes de sangue e com passeatas a Jamba e ao Andulo.
O Governo de Angola é constituído por gente tão honrada e tão séria como os governos de Portugal ou da Irlanda.
O Presidente de Angola é tão honrado e tão sério como os presidentes de Portugal, da Irlanda ou de qualquer outro país da União Europeia.
E os nossos dirigentes políticos merecem o mesmo respeito e a mesma consideração que os políticos de Portugal ou da Irlanda.
Os amigos de Jonas Savimbi, mesmo os que agora se viram contra aquele que lhes serviu fortuna fácil, têm de se habituar a respeitar Angola e os angolanos.
Caso contrário, fazem a figura ridícula de ficarem eternamente à espera dos sapatos do falecido. Estão a ser pouco inteligentes, porque quem espera por sapatos de defunto morre descalço.
O director do “Expresso” já anda sem sapatos há muito tempo. E isso nota-se na sua escrita. Escreve com os pés ensanguentados e cego pelo ódio ao triunfo do Povo Angolano na sua luta gloriosa contra o colonialismo e o fascismo.
E, por favor, os nossos amigos portugueses que nos peçam tudo.
Mas não nos peçam para nos calarmos diante da ignomínia!
Os negritos (luso-africanos como diria a Fernanda Cância ou bold em inglês) são da minha lavra.
José Ribeiro, gostei kuando tu diz: jogo democrático, democracia angolana é um jogo, né? Jogado com bala a sério, né? Bala de borracha é coisa de colonialista, fascista.
Corrupção em Angola?
Jamais...

terça-feira, maio 13, 2008

1325 - nuno e o povo de montalvo

Gosto de pessoas e gosto de as ver sorrir.
Gosto de um povo que soube escolher, soube antecipar mudanças.
Gosto de pessoas felizes.
Gosto de pessoas que lutam.
Gosto de pessoas que cultivam valores.
Gosto de pessoas que sabem escolher os blogs que visitam frequentemente.

domingo, maio 11, 2008

1324 - a despedida de bruno neves

05 de Setembro de 1981

sexta-feira, maio 09, 2008

1323 - kagemusha

Provavelmente o melhor filme do mundo.
A presença portuguesa no Japão, a primeira batalha onde são utilizadas espingardas.
Hoje com o Público.

1322 - «in vino veritas»

No meu tempo o vinho bebia-se, agora alimenta discussões filosóficas, sobre os limites da realidade, a verdade e a mentira, o liberalismo ou a estatização económica, os limites da liberdade...



quinta-feira, maio 08, 2008

1321 - amo-te, filha


Julgava que o amor era coisa outra.
Julgava que um pai amava as filhas de uma forma outra.
Julgava que um pai sem filhas tinha mecanismos legais para as adoptar, que não mudava o nome às filhas dos outros, não as escondia da justiça, não fazia delas vedetas mediáticas.
Julgava...
Quem sou eu para julgar?
Não me chamo Francisco Louçã.


quarta-feira, maio 07, 2008

1320 - pedro oliveira, um campeão na terra de drácula

Um clube de portugueses num país improvável...
Pedro, um campeão ausente.

terça-feira, maio 06, 2008

1319 - grandes desorientados lusitanos


Finalmente percebi.
A esquerda (uma certa esquerda) desde o início que beija as mãos ao soldado, burguês, capitalista e despreza o operário.
Os ricos podem educar os filhos dos outros.
Os pobres que não macem e vão morrer longe.
Inventou-se o conceito de: pais afectivos, provavelmente, em dicotomia com os pais efectivos, aqueles que, efectivamente, o são.
Porquê?
Uma comentadora do Arrastão, elucida-nos:
Patricia 6 Mai 2008 às 18:28
O Daniel já não é a primeira vez que tenta vender a imagem do “cidadão exemplar” que é o seu amigo Luís Gomes,seu amigo e tambem de toda a maçonaria que tem passado pelos ecrãs das nossas televisões e pelas revistas cor-de-rosa do nosso País.Se o pai da garota tivesse tantos defensores bem colocados na sociedade e na comunicação social como tem o seu amigo há quanto tempo este assunto já estava resolvido.Esta situação que se verifica vai para alguns quatro anos,pelo facto de o Sr.Luís Gomes não cumprir as decisões judiciais,é que efectivamente não contribui para o superior interesse da criança,que é neste lamentável afrontamento ao estado de direito,a maior vitima dos erros dos adultos e sobretudo do seu amigo que se julga acima de tudo e de todos e que goza infelizmente do sentimento de impunidade generalizada que vai instalando na nossa sociedade.O facto de se amar muito uma criança não justifica que lhe seja negado,como foi até há pouco tempo,o contacto com a sua familia biológica e o conhecimento do seu verdadeiro nome,criando uma história baseada em mentiras que mais tarde ou mais cedo ela viria a conhecer,o que decerto lhe iria trazer danos emocionais muito dificeis de ultrapassar.
Maçonaria, portanto, malta de avental que se envolve no assassinato de reis, malta que gosta de se esconder em caves...


1318 - obrigado, obrigado

1317 - recolhe as azeitonas da árvore e até separa o caroço


1316 - gajos normais fazem coisas especiais

Se o meu inglês não me engana diz ali:
Chelsea ganhou em Newcastle onde já não ganhava, para a liga, desde 2001 [a minha professora de técnicas de tradução de francês, uma pegacha, pequenina, morena e gira* ensinou-me que devemos traduzir a ideia e não as palavras].
Deixa cá ver, Pedro Oliveira, deixa cá ver, Pedro Oliveira, portanto o special one nunca lá ganhou... logo não é special quem quer, é-o quem coloca os interesses do colectivo acima dos seus objectivos individuais e egoístas.
* na altura não reparei, obviamente, isto sou eu, cerca de vinte e cinco anos depois a tentar recordar um rosto, um corpo e um sotaque (pronúncia se preferirem).

1315 - boa oportunidade para estar calado (grande melão)

1314 - constância, a.m.

Bons tempos.
Sábado, 3 de Maio de 2008, esta blogger, esta e mais uns gajos cantaram-nos o fado... na minha terra.
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio