quinta-feira, janeiro 31, 2008

1184 - a verdade é que amélia assistiu ao assassinato do marido e do fillho mais velho

Deixemo-nos de monarquices, de republicanices e tal, a verdade é que D. Carlos levou com vários balázios nos cornos e D. Luís Filipe outros tantos, aquilo que gostaria era de ver os «Fernandos Rosas» a defenderem o mesmo agora, não concordam com a política (D. Carlos pouco ou nada tinha a ver com as politiquices) balázios para cima, qual quê... umas larachas, umas manifestaçõezecas, ah e tal que fecharam a urgência, ai a cultura que não é apoiada (qual cultura deveria ser apoiada, que tal acabar-se com o analfabetismo? [neste momento estou em condições de afirmar (empiricamente) que há freguesias em Lisboa com um analfabetismo superior a 10%]).
Numa análise desinteressada poderemos dizer que a república foi responsável por:
- A participação na Grande Guerra
- Salazar
- A Guerra Colonial
- Mário Soares
- Cavaco Silva
- Guterres
- Santana Lopes
- Sócrates
Assim de repente não me lembro de nada bom...
Lembro-me de uma mãe que perdeu o marido, um filho e viu o outro baleado, recordo uns fundamentalistas de há cem anos, lembro-me de outros que se dizem democratas mas não permitem que o povo decida (a monarquia está proibida pela constituição republicana, supostamente, democrata).
Uma gota rubra na calçada cai, poucos perceberam as palavras do poeta...

quarta-feira, janeiro 30, 2008

1183 - almoçaradas


Gosto de discutir.

Sentado a uma mesa, ainda melhor.

Com comida e com bebida (vinho ou cerveja, não sou esquisito) então é quase o paraíso.

Acompanhado por pessoas com os mesmos interesses, com vontade de rirem em conjunto, com vontade de se questionarem e questionarem o mundo onde vivem, com vontade de partilharem experiências e deixarem de lado as politiquices, seria o paraíso completo, antes da magana da tentação e da expulsão.

Tenho pena que isso não seja possível.

Tenho pena de não ter sido convidado (sim, sou um gajo difícil, tenho de ser catrapiscado, seduzido, não sou nenhum maluco...).

Não seria coerente e seria mesmo injusto com a minha maneira de estar na vida e na blogosfera local se não referisse cinco bloggers (e um blog) que, habitualmente, visito e que, normalmente, não têm pudor em se mostrarem como são...





Nota: Procurei incluir outros dois bloggers, infelizmente:
http://nungil.blogspot.com/ (página não encontrada)
http://www.pedrpmarques.blogspot.com/ (página não encontrada)

1182 - felipe, nascido para reinar

En 1988 comenzó en la Universidad Autónoma de Madrid estudios en la licenciatura de Derecho y Ciencias Económicas. Terminó la carrera el 17 de junio de 1993 con una media de notable.
En 1993 cursó un Máster de dos años en Relaciones Internacionales en la Escuela de Georgetown (Washington). Su estancia en Estados Unidos le permitió conocer la política nacional de ese país y el funcionamiento de organismos internacionales, con los que desde entonces mantiene encuentros periódicamente.
La Academia de Zaragoza fue el primer destino en su formación castrense, donde
juró bandera en octubre de ese mismo año (1985) y donde fue instruido en capacitación militar, preparación científica y humanística y educación física. Pasó después por la Academia Naval Militar de Marín (Pontevedra). Embarcó en el Buque Escuela Juan Sebastián Elcano en enero de 1987 y ese mismo año ingresó en la Academia General del Aire de San Javier (Murcia), 28 años después de que lo hiciera su padre.
Com 17 anos, provavelmente, o actual presidente da república estava em Poço de Boliqueime a trabalhar nas bombas de gasolina do Sr. Teodósio, grande homem, dirão...
Qual a preparação que tem para o cargo (pergunto)?
- Ah e tal, aprendeu umas coisas, qualquer dia aprende a mastigar bolo-rei (ironicamente) e tal... (responder-me-ão)
Comparem com um homem que foi preparado para reinar, na educação de Felipe não entra o politicamente correcto (casou com uma divorciada). Felipe foi preparado para ser Rei, não presidente da república nem político.
Faz hoje quarenta anos (fá-los-ei [se Zeus quiser] em 2008.04.29)
Já fiz publicidade a várias correntes de opinião neste blog, como verdadeiro democrata publicitarei esta:
e esta:


1181 - há quarenta anos nasceu, filho de rei

Corpo de linho
lábios de mosto
meu corpo lindo
meu fogo posto.
Eira de milho
luar de Agosto
quem faz um filho
fá-lo por gosto.
É milho-rei
milho vermelho
cravo de carne
bago de amor
filho de um rei
que sendo velho
volta a nascer
quando há calor.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

1180 - a forca de acreditar


Às vezes (muitas vezes) sentimo-nos tentados a desacreditar, futebolisticamente falando, foi um fim-de-semana de pilinhas murchas... um ai jesu(aldo) que c'ajuda nada...
Dois dias que reflectiram a mediocridade de dois treinadores, Cajuda, uma mediocridade óbvia (tem mais golos sofridos que marcados) Jesualdo nunca ganhou no campo do Sporting, este ano em dois confrontos para a Liga sofreu dois golos, marcou um e que golo, um golo falso como Judas que resultou da interpretação incorrecta da palavra: deliberadamente.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

1179 - a aulita


Há pessoas a quem a república paga (e bem) para serem professores, ainda, assim, muitos choramingam, fazem greves e tal...
Gajos como eu, pensam que quanto menor for a intervenção do estado, melhor, cada um de nós pode fazer a diferença, sem estar sempre a pensar quanto é que pode sacar.
O blog, o meu blog não é, não pretende ser, uma arma de arremesso contra ninguém, são, apenas, palavras, escritas por um tipo que obteve uma licenciatura à conta do estado (estudei numa universidade pública embora sem subsídios da «cambra») e que se sente de algum modo obrigado a partilhar conhecimentos, ideias e opiniões com a comunidade de uma forma voluntária e gratuita, obviamente.
Como licenciado em História (historiador se preferirem) olho-a com seriedade mas sem a levar muito a sério. Gosto de misturar o presente com o passado, pois, a História não nos fala do passado, fala-nos do presente, dum presente acontecido (pode ter sido há dez minutos, há dez anos ou há dez séculos).
Os protagonistas da História são gajos e gajas (e ciganos, também) como o leitor e como eu... que ressonam de noite e têm olheiras de manhã.



1178 - orgulho (sem g)

Nós somos aquilo que escrevemos contudo o local onde publicamos os nossos pensamentos, as nossas experiências, também, nos define.
I had a farm in Africa, pois, Clara, também, já escreveu noutros locais, acabou mal.
Vamos então à análise do primeiro parágrafo do texto do post anterior.
Tomar fôlego, o primeiro parágrafo dispara logo várias informações:
1. Há enseadas entre as serras portuguesas.
2. As enseadas nas serranias albergam pessoas que procuram vidas mais gratificantes que as massas que seguem em silêncio as rotinas impostas.
3. Essas pessoas podem ser um casal de biólogos.
4. Esses biólogos poderão orientar uma operação requintada de produção de mel.
5. Essa operação requintada inclui várias actividades para adultos e crianças em paralelo.
6. Ficamos orgulhosos se tivermos o mesmo curso que o casal.
Esmiucemos:
1. Por muitos dicionários que me apresentem: enseada, pressupõe: mar. Sea, see darling... Não existem mares interiores na república portuguesa, excepto as salinas de Rio Maior mas não ficam entre serras.
2. Não há trabalho mais rotineiro que cuidar de cortiços e abelhas, obviamente, uma citadina deslumbrada não o poderá saber.
3. É muito mais provável que sejam um casal de agricultores com mais de setenta anos, ele com a quarta-classe (antiga) ela analfabeta, é muito provável que pensem (ao contrário de certas cronistas).
4. Orientar requintadamente uma produção de mel, provavelmente, as abelhas andam em pontas ao som do «Lago dos Cisnes» («Enseada dos Cisnes»?) e em vez de esvoçarem à volta de flores para recolher a doçura, recolhem-na de flutes de cristal.
5. Adultos e crianças sem encontros imediatos, portanto, ou seja uma mentalidade que grassa numa certa intelectualidade urbana pós Casa Pia.
6. O orgulho. O orgulho é uma empáfia diz o dicionário: exagerado conceito que alguém faz de si próprio; sentimento elevado da sua dignidade pessoal; soberba; pundonor; brio; vaidade; empáfia...
Quanto ao segundo parágrafo, prima pelo preconceito: vírgula e não vírgula não era uma antiga aluna... quanto ao vírgula e, já falei neste blog, o uso sistemático do e, remete para um discurso infantil: e eu fui à escola, e a professora estava lá, e ela mandou-me (não enviou-me) fazer uma redacção, e eu fiz
Os cinco parágrafos que se seguem são a exposição pública de uma carta privada, obviamente, não comento.
No último parágrafo, que reproduzo:
Tinha descoberto um homem que ainda vive no tempo dos heróis. E sim, é verdade, é como ela disse - no pântano em que vivemos, isso não tem preço.
O homem pode ser um herói, Clara, mas a menina não é a minha heroína.
A heroína vicia (dizem) a escrita da menina afasta-me da leitura, leio para aprender algo, a sua escrita (a escrita dela) estupidifica-me (ainda mais).
O que será um gajo que vive no tempo dos heróis?
E sim, é verdade... que raio de mer** é esta? e continua é como ela disse (estavam à espera de dois pontos, não era? levamos com um travessão e com esta afirmação: no pântano em que vivemos, isso não tem preço , olhe menina, se vive no pântano, é problema seu, foi aliás por essa generalização do pântano (inventada pelo Eng. Guterres) que tivemos de gramar um Durão Barroso, um Santana Lopes e agora levamos com este ex-aluno da universidade independente.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

1177 - (g)orgulho

Gajos como eu não precisam de ser patrocinados para escrever, a Veríssima, a Alternativa, a Lena Aires comigo não se safavam.
Poderia fazer um post sobre patrocínios e patrocinados ou sobre os malefícios da publicidade (não compro pepsodent desde que o Albarran se lhe vendeu) mas não o vou fazer, este post será uma análise ao conteúdo e à forma do texto, coisas tipo: disse-me que ele a tinha seduzido profundamente com uma carta que lhe mandou por mail. Será que a escritora queria dizer e-mail (electronic mail, correio electrónico em português?) ou queria dizer, simplesmente, uma carta que lhe enviou (as cartas e os e-mails são enviados, não são mandados) pelo correio, para quê recorrer à língua de Shakespeare, então?
(este post será editado se quiserem podem apontar outras características do texto como a exposição pública de uma carta ou será um e-mail? privada/o)

quarta-feira, janeiro 23, 2008

1176 - i' m not good at future planning


1175 - amén

Links:

- para o blog
- para o blog (um post escolhido ao acaso) do excelentíssimo advogado


Ao contrário de António Balbino Caldeira, saravá, irmão (acho que, também, pertenço aos irmãos blogueiros) não acho que: [os bloggers] conquistam, pelo risco da palavra, em cada hora, a democracia e a liberdade de expressão colectiva e individual... acho que há de tudo, há bloggers irresponsáveis que difamam e publicam barbaridades sobre terceiros sem provas, há comentadores que ao abrigo do anonimato (presumido) dizem aquilo que não diriam cara-a-cara.
Julgo (tenho a certeza) que a credibilidade da blogosfera passará pela condenação de um ou dois bloggers em tribunal, até porque esse seria um meio eficaz de separar o trigo do joio, quem não deve, não teme.

1174 - uns jogam outros contemplam através das imagens televisivas

A que horas joga o Sport Lisboa e Benfica? hum, ah, não joga? hum, ah, ainda bem, menos oportunidades para os jogadores andarem à porrada uns com os outros dentro do campo...
A que horas joga o Futebol Clube do Porto? hum, também, não joga, assim não podem assobiar o minino (eu fui protegé o minino) Quaresma...

segunda-feira, janeiro 21, 2008

1173 - rio-me das flores




Não tenho a profissão do Pedro, nem a do Miguel mas sei ler (e escrever mais ou menos).
Diz Miguel:
Acho o trabalho do João Botelho excelente (...) leio o Vasco Pulido Valente [VPV] e sabe que mais? Não consigo chegar ao fim dos outros textos. Não acrescentam nada. Aborrecem-me.
Digo eu:
Lê [VPV], pois, os textos de [VPV] acrescentam algo e não são aborrecidos.
Diz Miguel:
Não existe a RTP existe a TV do José Eduardo Moniz. Está ali para se servir e o preço que tem de pagar é servir o poder, seja o PS (que o meteu lá, não esqueçamos...) (...) mas ele não é eterno (...) a esta hora já deve andar a namorar as privadas (...) vejo o futuro muito negro. Acho que não voltarei a trabalhar em televisão
Digo eu:
Está ali para se servir, acho que não voltarei a trabalhar em televisão, afinal voltou e quem é o superior hierárquico, perguntam, pois...
Diz Miguel:
O mais fretista de todos é o Expresso. É o melhor instrumento do cavaquismo, tendo a segurança de ser uma instituição. acho que é um mau jornal (...)
Digo eu:
Continuem a lê-lo no Expresso e a apreciarem-lhe os comentários na TVI (de José Eduardo Moniz ).
Coerência, portanto.

1172 - mancha branca

De quando em vez, gosto de partilhar outros blogs, o do João tem título irónico, é, politicamente, assumido.
José S. Carvalho Pinto de Sousa obteve quase 29% dos votos, a maioria que hoje nos governa, vale o que vale, como os números espalham*, hoje parece que ninguém votou no gajo.
Gosto de figuras públicas que partilham experiências, há quase três anos...
* espalham em vez de espelham o que, também, seria uma palermice, os direitos de autor são do filho de João Alves, treinador dos juniores do Atlético, disse mais ou menos isto: o resultado espalha bem o que se passou no campo...

1171 - embirrações

Ontem, enquanto conduzia (com a telefonia do carro ligada) pensava neste blog, em algumas embirrações que aqui são recorrentes.
As ondas traziam-me palavras que me disseram o resultado do andebol, que me sussuraram a derrota do clube da terra onde nasci e ouvi, ainda, umas palavras que elogiavam a extraordinária coerência e verticalidade do comentador (escritor?) Miguel Sousa Tavares, este senhor (por assim dizer) seria uma espécie de reserva moral da nação, o incorruptível, aquele a quem ninguém faz o ninho atrás da orelha, aquele que os topa à distância e os denuncia...
Coerência, portanto.

1170 - diz, disse e dirá

treta, não diz piaçaba, onde está o piaçaba? Diz piaçaba é fixe. O que interessa é boa disposição e mai nada (ver comentários ao post 1167)
Diz, diz...

domingo, janeiro 20, 2008

1169 - macedónia, prego


À selecção da república portuguesa bastava um golo, faltavam quinze segundos e tínhamos a posse de bola, sete jogadores para atacar e nenhum para defender, sete, tantos como os pecados ou as virtudes.
Livre de sete (sete, novamente) metros.
Daquele livre, dependia a possibilidade da república portuguesa participar no Mundial.
Nome de Rei, vinte e sete (sete, novamente) anos.
A bola parte e as lágrimas brotam, eis que alguém repara no número estampado nas costas do licenciado em gestão e engenharia industrial, treze, azar.

terça-feira, janeiro 15, 2008

1168 - pilinha murchita


Sexo.
Tudo é sexo.
Bem, nem tudo.
Um gajo branco, com uma pilinha murcha, empunhando um quarto minguante numa sexta-feira de paixão, lembra sofrimento... muito sofrimento
Para além da pilinha, a genitália desnudada... dir-me-eis: estás a ver coisas, pá
Será?
actualizado em:2008.01.19 pelas 17H35
cf. com a agenda distribuída com o Expresso de hoje (voltarei a este tema)

1167 - tipo confessionário

Nem às paredes confesso, esganiçava-se a senhora, com um xaile aterrado nas costas.
Ao meu blog, confesso, digo, calmamente, enquanto, calco, letras brancas em fundo negro.
Olho para trás, M. voltou, A. questionou, R. comentou, outros passaram, sentiram, sorriram, indignaram-se e tal...
Confesso, dizia (isto é giro, não é?) (agora, repito) ao meu blog, mas, na realidade, confesso, no meu blog...
Letras, encarreiradas, palavras, frases, períodos, ideias, ideais.
Não existem palavras, nem frases ideais, existem pessoas que podem ser portuguesas, norueguesas, brasileiras, belgas ou francesas ou então não...
Gosto de pensar nos meus visitantes como pessoas que compreendem as minhas palavras, pode ser um emigrante português na Noruega, aquela bandeira esperança ensanguentada pode não ser dum português, pode ser, apenas, alguém que viva em Portugal (república portuguesa se preferirem) podem ser tudo ou nada, liberdade, igualdade, fraternidade, bleu, blanc, rouge...
A liberdade é azul como o céu, a igualdade é branca como a paz, a fraternidade é vermelha como a camisola do Sport Lisboa e Benfica e o partido de Bush, se excluíssemos o vermelho, a bandeira ficaria azul e branca, democrata, portanto





1166 - a crédito, tá?





A blogosfera portuguesa está desatenta ou então interiorizámos de tal maneira a cunha, o jeitinho e tal que achamos normal que um prestigiado jornal onde colaboram grandes nomes da cultura portuguesa, dos quais destaco: Ricardo Araújo Pereira, Sr. Dr. Miguel Sousa Tavares e Zé Diogo Quintela, achamos normal, dizia, que um jornal tenha publicado 12.451 números imaculados e depois tenha cedido ao capital, ao capitalismo desenfreado e tenha abdicado da sua identidade, do seu rosto, da sua primeira página, para a substituir por uma mancha cor de sexta-feira de paixão, um simbolozeco do zodíaco e uma frase: a força de acreditar... imaginei uma frase que se adequaria mais: a forca do crédito.
Caminhar à medida das nossas pernas, quem não tem dinheiro não tem vícios se cada um de nós interiorizasse estas frases (quando lida com dinheiro privado, pessoal e principalmente quando lida com dinheiro público) se cada um de nós as interiorizasse, dizia, provavelmente, os malandros dos capitalistas não teriam dinheiro para comprar identidades, por outro lado, também, não existiriam jornalistas, jornaleiros, donos de jornais dispostos a venderem-se.
Comecei por dizer: a blogosfera portuguesa está desatenta, nem todos, há quem esteja atento...

domingo, janeiro 13, 2008

1165 - este parte, aquele parte (mas volta)

Bem-vindo, camarada...
Leitores assíduos deste blog ter-se-ão apercebido que Manuel voltou.
Voltou aqui, quando regressou à Bélgica, esteve ausente, quando esteve cá.
A vida é feita de encontros e há tanto desencontro nessa vida, dizia um poeta irmão, assim é, assim somos, feitos de partidas e regressos, eternos buscadores da boa-esperança tantas vezes confundida com adamastor...

terça-feira, janeiro 08, 2008

1164 - abertura do mercado de transferências, todos temos um preço


António Sousa Homem, escreverá na Domingo (ver último parágrafo)
A sombra acompanha-nos, tal como os heterónimos habitavam Pessoa.
A minha sobrinha acha que a bondade geral, a sensibilidade e a generosidade nasceram na margem esquerda dos caminhos, ficando a direita reservada para os espíritos tortuosos, para a maldade e para a insensibi­lidade. Por mais de uma vez essa disputa reacendeu-se a par­tir de evidências que eu julgava inquestionáveis. Por exemplo, a biblioteca, nome que guardamos – em casa – para o arma­zém de velharias bibliográficas e fundo de literatura geral que foi passando de pais para filhos. Com esta biblioteca, extensí­vel em temas e autores como um planisfério elástico, eu não poderia levar a sério nem "o conservadorismo da família", nem a existência do retrato do Senhor D. Miguel (no casarão de Ponte de Lima), nem a ideia de que o mundo está razoavel­mente bem feito. Eu devia, com algum exagero, evidentemente, esconder-me nas penumbras a lançar bombas contra a família, as classes médias e o senhor arcebispo de Braga.
Apesar do extracto acima acho/penso/julgo que Homem aprecia as coisas boas da vida: vinho, cervejas, quiçá, charutos e, provavelmente, prefere, Dom Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon (Queluz, 12 de Outubro de 1798 — Queluz, 24 de Setembro de 1834) primeiro imperador do Brasil, como D. Pedro I, de 12 de Outubro de 1822 a 7 de Abril de 1831 e ainda 28.º rei de Portugal (título herdado de seu pai, D. João VI), durante um período de sete dias (entre 26 de abril e 2 de maio de 1826), como D. Pedro IV.
Sete dias? Desde o dia a seguir ao 25 de Abril até ao dia após o 1.º de Maio... as coisas que um gajo (eu) aprende na wikipédia...

1163 - 2008.01.08/2008.08.08 feitos n/dum oito


Julgo que Simão Morgado, ainda, não conseguiu os mínimos, obviamente, num concelho repleto de atletas que já participaram em muitos Jogos Olímpicos ou o gajo consegue ir a Pequim ou nada feito, a piscina não muda de nome...

1162 - oba, oba, o.b.a. (obama's black attitude)

Poderá um homem desprezar o cordão que lhe transmitiu a vida, todos os que pr'a 'qui estamos fomos num determinado momento resultado dum espermatozóide astuto e dum óvulo disponível para ser fecundado, semente e terra.
Poderá um homem desprezar a terra e dizer-se, apenas, filho da semente?
É uma questão de attitude...
Eu gosto-me filho do pai e filho da mãe, Obama, provavelmente, também.
Obama sabe quem é e o que vale, provavelmente, acha redutor votarem nele porque é negro... votem em mim porque sou competente (diria, dirá?) e não porque sou branco, preto, gajo, gaja, heterossexual, homossexual, «normal», «deficiente»...
Já tinha abordado este tema num blog extraterrestre, questiono-me, gosto de me questionar, será que George Washington foi mesmo o primeiro presidente? Será que estiveram mesmo treze anos desgovernados?

segunda-feira, janeiro 07, 2008

1161 - vinho e um caldo verde, verdinho a fumejar na tijela

Guarde pelo menos uma garrafa de vinho para este pobre brasileiro.
Passo por aí para celebrarmos.
O caldo verde não me tem dado grandes alegrias, a nível profissional tenho lembrado muito esses versos:
Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma Ciência.
atribuídos a Ruy Barbosa.
Chego a casa, desfaço o nó, dispo o terno, jogo os sapatos, estupidamente, engraxados.
Ligo, ligo-me à rede, reconfortam-me palavras do outro lado do Atlântico:
Busquei este post, um fotógrafo, um pintor, uma fadista, pão e vinho, vontade de celebrar o mais puro que existe nos seres humanos: a amizade

domingo, janeiro 06, 2008

1160 - sangue do nosso sangue

Caro Pedro. Quem vos escreve é o GLADSTONE de Belo Horizonte que mora em São Paulo. Primeiro de tudo que tenha um bom ano de 2008. Segundo de tudo sou Atlético Mineiro e Benfica aí em Portugal, aonde vou bastante todos os anos para as confrarias de vinhos no Azeitão e na Bairrada. Veja as fotos que fiz na vindima no Douro este ano: www.realphotos.com.br/realphotos/douro_02out07 www.realphotos.com.br/realphotos/douro_03out07 www.realphotos.com.br/realphotos/douro_04out07 www.realphotos.com.br/realphotos/douro_05out07 www.realphotos.com.br/realphotos/douro_06out07
Porque me escreverá Gladstone?

Por isto:

Já que é «Benfica em Portugal» terá gostado, certamente, da actuação do compatriota Luisão, será que ele, ontem, foi submetido ao «bafômetro», irmão?

Um grande abraço para Gladstone e para Claudio.

1159 - há lar e lar, há ir e voltar...

Sobre Luiz, remeto para aquilo que escrevi sobre Mário...
(o sacana do Paulo continua sem me devolver os meus livros de Luiz Pacheco)

quinta-feira, janeiro 03, 2008

1158 - o quê?

É muito bonito ver Portas a partilhar, a «inverter» a tendência, pena é que tenha procurado Cavaco para em conjunto aumentarem o número de bebés, talvez, outras parcerias resultassem melhor ...

1157 - fu(r)mar

Pensamentos copulativos e legiferantes.
Não fumo, ainda, mas estou a pensar, seriamente, em começar.
Depois penso no dinheiro que a república arrecada em cada pacote (arrecadar no pacote, soa bem, não soa?) e isso inibe-me de contribuir, pois acho que quanto menos dinheiro os gajos tiverem para gerir, melhor, menos gastam mal gasto.
Hoje jantei pela primeira vez num desses restaurantes onde já não se pode fumar, menos clientes e menos consumo.
Clientes habituais que, normalmente, ficariam a conversar e a bebericar uns líquidos, jantaram e zarparam.
A economia ir-se-á ressentir, portanto, palpita-me que alguns impostos irão subir para equilibrar as coisas, a ver vamos.
Formar seria, talvez, mais importante que proibir mas muitos esquecem-se da palavra tolerância, os fumadores, por exemplo, são muito mais tolerantes com os não-fumadores que o contrário.

1156 - serão burrocratas, senhor...

«Quem não gostaria que o nome da EB 2, 3 de Santo António, em Faro, passa-se a chamar-se EB 2, 3 de Fernando Martim de Bulhões e Taveira Azevedo? Ou que a Escola Secundaria da Povoa de Santo Adrião, na Madeira, passa a chamar-se a Escola Secundaria da Povoa do Agapito? E o Colégio São Francisco de Assis chamar-se Colégio Francesco Bernardone?»
O humor não é de direita nem de esquerda, existe.
Daniel Oliveira é um blogger que admiro. Detenhamo-nos no post. Escreve: passa-se, obviamente, significando: passasse, secundaria por secundária, povoa por póvoa, passa por passasse e chamar-se por chamar-se-ia.
Tudo isto com a intenção de nos fazer rir, de nos fazer desacreditar das escolas públicas construídas ao longo de trinta e três anos, como que a dizer-nos: durante trinta e três anos nem sequer nos ensinaram a utilizar a língua portuguesa e agora os burros são os santos, os ruins são os santos?
Já em 1988 as escolas deixavam de ter nomes de santos mas na altura não existiam blogs para se indignarem.

1155 - o bruxo do vale do mestre


Estas imagens foram retiradas do site oficial da Câmara Municipal de Constância, é impressão minha ou está ali escrito: Ribeiro do Vale do Mestre?
Parece que sou bruxo...
Aproveitando este lindo mapa... lê-se ali Barreira Vermelha (o meu amigo Paulito [Paulo Santos] há uns anos classificou-a de Lixeira Vermelha e alguém interpretou o epíteto como uma afronta política) a Barreira Vermelha existe de facto e a tentativa de barrarem a informação sobre a barragem, também.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

1154 - são josé (sócrates), santa maria (de lurdes rodrigues) e os burros

Calma, calma, parece que os estou a ouvir: e os burros quem são?
Burros somos todos, eu, quem lê estas palavras, mas, principalmente, o jornalista que escreve esta pseudo-notícia, será que Secundino leu o Decreto-Lei n.º 299/2007?
Onde é que no referido Decreto se aborda a problemática hagiográfica?
Na blogosfera há, também, quem tenha dificuldade em interpretar palavras escritas, outros sabem ler, felizmente.

1153 - brincar às barragens ou acabou o trabalho

Seria bom que primeiro se fizesse um planeamento sério que incluísse a escolha da localização mais adequada, seria bom que fossem, claramente, definidos os objectivos desta construção.
Seria bom que não fosse mais um sorvedouro (neste caso sorvetejo) de dinheiros públicos.

terça-feira, janeiro 01, 2008

1152 - um post por mês, 2007 em santamargarida

Janeiro: Mário Soares, um perdedor, retrato de alguém que a opinião publicada insiste em pintar maior que o graffiti que a opinião pública lhe reserva
Fevereiro:
Olhar para dois lados, mais que o conteúdo, a forma
Março:
Quando morrem amigos (ou pais de amigas) morremos, também, um pouco.
Abril:
25 de Abril, sempre
Maio:
F(r)iccionar a realidade
Junho:
O melhor «post» de 2007, comentários incluídos (obviamente)
Agosto:
Quando a realidade mente, deliberadamente
Setembro:
Quem boa cama faz nela se há-de deitar... quem má câmara faz dela se vai levantar...
Novembro:
É o fim do mundo (como o entende Miguel Sousa Tavares)

1151 - tempo de pedros

Pedro Rolo Duarte
A relatividade do tempo.
O Pedro jornalista nasceu primeiro, contudo, com 10 ou 11 anos pensava que no ano 2000 teria 27 anos, eu com cinco seis anos já sabia que no ano 2000 teria quase trinta e três anos.
Chegámos ambos ao ano dois mil, ele com 27 anos (eh, eh, eh) eu com 32 e o mundo não acabou, ainda.
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio