quarta-feira, fevereiro 28, 2007

637 - fado do estudante

A malandrar com outros tais
E a dançar para os arraiais
Para namorar beber, folgar cantar o fado

636 - contas que malficam

Ora bem, 2007 menos 1908 dá 103...

635 - m.a.t.a.

Sou contra qualquer tipo de humilhação (as praxes académicas, por exemplo)

634 - enhos-des-animados

Em que medida moldarão os desenhos animados a nossa personalidade?
Muitos lembrar-se-ão do pequeno Marco, provavelmente, não se recordarão da mãe (Ana) e do pai (Pedro).
«O pai de Marco teve de pedir emprestada uma avultada quantia de dinheiro que agora não podia devolver. Para ajudá-lo a pagar a dívida, a mãe de Marco tinha tentado, inutilmente, arranjar trabalho em Génova e, por não o encontrar, decidiu viajar para a Argentina com o objectivo de conseguir o dinheiro necessário».
Em que medida terá esta série influenciado a criança que fui, encontrar-se-á aqui a aversão que tenho a empréstimos? O rigor com que sigo a máxima:
«Quem não tem dinheiro não tem vícios»
Será que certos políticos deveriam ser obrigados a ver esta série... podia ser que projectos megalómanos como o TGV, a Ota e tal fossem adiados para uma altura em que houvesse papel (papel moeda, entenda-se).

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

633 - acreditar (believe)




Acreditar que o sol nunca se esconde e as nuvens servem para nos tranquilizar os olhos.
Acreditar que o corpo não envelhece,mesmo quando muda de feitio.Acreditar que tudo vale a pena.
Acreditar que o sonho não é feito de espuma do mar.





632 - sim, sim, sim!

Apesar das teorias do Fernando Venâncio há nove anos votei: Sim.
Detesto que me perguntem várias vezes a mesma coisa.
Só faltava desenterrarem o fantasma da regionalização, outro referendo e eu na rua a gritar [não me obriguem a vir para a rua gritar...] NÃO, NÃO, NÃO!... Jardim, Felgueiras e Valentim, já basta assim!

631 - crónica masculina

Sémen, Sémen, Sémen
Semente dum corpo que cai
Do corpo da gente
Velha disputa do sexo
Nunca é quem se espera
Terá isso nexo;
Será menino ou menina
Ao pai pouco importa
É mais um anexo
Bem ninguém vê
O que tem
Só vê o que não tem.
Zé Leonel - Xutos & Pontapés

«Nã faz preciso alembrarem-me que sou velho.
Sou dum tempo em qu'um home era um home, uma mulher era uma mulher.
Prantavam-se filhos, como quem pranta a semente na terra, a semente era nossa , a terra fértil eram elas.
Elas deitavam-se, agente amandava-se a elas (no tempo das ceifas havia outras maneras, na vou contar).
Quando agente na as q'ria emprenhar, tirávamos o magano... mais tarde apareceu uma espécie de saco plástico que fica apertado no magano.
Emprenhar e parir n'o me tempo era uma decisão dos dois.»
Ressuscitei neste «post» uma personagem que criei há quase vinte anos - João Samarra - alentejano do Gavião, telefonava para a Rádio Antena Livre (de Abrantes) e massacrava os locutores com sotaque e com histórias (bons tempos).
Lembrei-me do João ao ler a pág. 18 da Única (revista do Expresso) desta semana escreve Inês Pedrosa numa crónica intitulada: «Quem quer aconselhar a Carochinha» [assim mesmo Carochinha (com letra grande)]:
«A decisão quanto ao destino de uma gravidez específica (o que será uma gravidez não específica?) é para a mulher em causa, tão visceral quanto rápida. E é, (oh, u, oh, yé, yé quanto à utilização do -e- a seguir a um ponto final baralha-me, afinal a frase acabou ou continua?) acima de tudo uma decisão muito pessoal »
O que será uma decisão tomada por uma pessoa [uma mulher para mim é uma pessoa, para a Inês será uma deusa ou assim] pouco pessoal ou assim assim pessoal?
As decisões ou são tomadas por nós -decisões pessoais- ou são tomadas por outros e não são nossas.
Digo eu que de vez em quando bebo uma cerveja e mando na minha barriga.

domingo, fevereiro 25, 2007

630 - alfa e omega


Princípio e fim.
Qual será o tempo certo para...
Qual a o tempo certo para acreditar?
Haverá tempo certo para deixarmos de acreditar?
Generalizando, nós somos aquilo em que acreditamos.
Provavelmente todos nós devemos lutar por aquilo que queremos, mesmo que queiramos ser «bloggers» (mesmo que tenhamos mais de 90 anos).


sábado, fevereiro 24, 2007

629 - chamava-se joão hélio, o brasil o viu morrer

Cada filho que morre deixa no coração dos pais um vazio que não mais é preenchido.
Quando morre como o Joãozinho com o corpo arrastado em alta velocidade pelo asfalto, com o rosto a chocar, violentamente, nos passeios (ainda vivo) perdendo pedaços de carne, sangue, lágrimas e gritos que não conseguiria gritar.
Quando o que sobra é um opel corsa branco com marcas de sangue, um corpo desfeito, um pai, uma mãe e uma irmã embrulhados num desgosto imenso.
Nessas alturas em que olhamos o nosso filho assassinado duma maneira tão brutal, provavelmente, a última coisa que queremos é que o presidente do nosso país se identifique com os assassinos:
«E eu digo sempre que é exatamente nesses momentos que nós precisamos não permitir que apenas a emoção aja, mas que prevaleça a razão, porque eu, não como presidente da República, mas como ser humano; o Villar, não como presidente da Atento, mas como ser humano; o Goldman, não como vice-governador, mas como ser humano; e qualquer companheiro deputado ou qualquer um de vocês, a gente pode reagir emocionalmente e fica imaginando: e se a gente estivesse naquele lugar, naquele instante, e a gente pudesse fazer alguma coisa, o que a gente faria? Certamente nós faríamos quase que a mesma barbaridade que ele fez com aquela criança. »
Eu não quero um presidente onde prevaleça a razão (mesmo que seja de esquerda e se chame "Lula" da Silva) não quando essa razão lhe serve para desculpar assassinos de crianças.
(fui alertado para este tema pela crónica «desculpas voltam a atacar» de Ferreira Fernandes na Sábado n.º 147, a partir, também, deste «post» de Francisco José Viegas)

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

628 - professor neca

Há pessoas que não sabem qual o seu lugar no mundo.
Leio e não acredito:
Será que este Mourinho (ou lá com'é c'o gajo se chama) conhece a história do grande Prof. Neca?
Desde logo Neca já foi treinador do maior clube do mundo (como Mourinho), já esteve num Mundial (ajudante de Oliveira e espalhador de alhos, literalmente) já foi seleccionador dum país estrangeiro, pois é Mourinho, pois é... vá mostre as suas credenciais, quantos títulos internacionais conquistou em clubes que não estejam sob investigação?
Hoje um treinador em início de carreira conseguiu um auspicioso empate com o, provavelmente, melhor treinador português de sempre, assim o SC Portugal somou quatro pontos nos confrontos com este grande treinador, marcou quatro golos (dois foram anulados) não sofreu nenhum ... está agora em segundo lugar a, apenas, quatro pontos do primeiro... no bom caminho, portanto.
«post» acrescentado em2007.02.24 (pelas 06H50)
não, não sou o único... não sou o único a ver o óbvio... ganda Neca, digo Grande Prof. Neca.

627 - dr. zeca II



O que nos quer a andorinha
Bem gostara de saber
O mundo é bola de fogo

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

626 - special one a one

Quando me falam na suposta genialidade do ex-tradutor, lembro-me sempre deste tipo.
Quando o suposto génio chegou ao FC Porto encontrou uma dupla de centrais formada por Ricardo Carvalho e Jorge Andrade... que não e tal, com aqueles centrais não iam a lado nenhum, contratou então, este rapazão.
Obviamente gostaria de ver o ex-adjunto de Toni a derrotar o suposto génio...

625 - coerência

Cada vez mais me convenço, que o Senhor não é o Zé Pedro da Portela, roubou-lhe a identidade e faz-se passar por ele, pois as últimas afirmações, convicções e apelos deixam-me muito confuso.
Por favor devolvam o Zé Pedro
Nem sempre o que parece é.
O mundo não é a preto e branco.
Sou este.
Sou-o sem ligações a partidos, isso permite-me tal como Janus olhar em duas direcções... o passado, também o futuro.

(sublinhar/seleccionar com o rato entre a imagem e o início do texto)



terça-feira, fevereiro 20, 2007

624 - o tubarão

623 - o silêncio do «indizente»

A responsabilidade... a nossa, a dos outros.
Não se deveria ser, impunemente ministro da defesa desta república, nem sargento da mesma...
Serei exigente, demais?
Provavelmente, sou aquilo que o poeta diz:
O meu sabor é diferente.
Provo-me e saibo-me a sal.
Não se nasce impunemente
nas praias de Portugal.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

622 - copistas

Peço desculpa aos senhores do «Record» por ontem às 20H33 ter publicado um «post» com o mesmo título do jornal que eles publicaram hoje.

621 - quem, eu?







domingo, fevereiro 18, 2007

620 - morte (e vida)

Kathe Kollwitz (German, 1867-1945)
Death with Child in Lap, 1921,
Woodcut, 9 3/8 x 11 1/4.

Já falei da morte e da relação muito especial que tenho com ela.
Nesta campanha, desnecessária, para um referendo não vinculativo, falou-se de muita palermice, mas ninguém disse uma coisa óbvia:


- todos os pais são assassinos ... a vida é uma doença mortal sexualmente transmitida.

Hoje enquanto conduzia, pensava nas gerações de pessoas que já se «encantaram».
Lembro-me do ti' António Lopes, do ti' Jaquim das Barbas, do ti' Jacinto (meu avô), da ti' Deolinda, da ti' Palmira, da ti' Clarisse, pessoas que conheceram a criança que fui (todos eles teriam, hoje, mais de 100 anos).
Ontem morreu o sr. António Gaspar, tinha uma fazenda (um pedaço de terra amanhado, cultivado) ao lado duma das fazendas dos meus pais, via-o ali sempre (o trabalho do campo nunca acaba) lembro-me dele com a idade que tenho hoje (ou um pouco mais velho).
Depois de se ter «encantado» a geração «dos ti'» começa a encantar-se a geração «dos srs.» a próxima será a «dos tu» (pessoas que têm até mais vinte anos que eu, mas que jogámos à bola juntos e «tuteamo-nos») e depois a minha, a geração «dos gajos» ... o mais engraçado é que a geração a seguir à minha, a geração «dos putos» já começam, também, a ter filhos (o que é mau).
É mau porquê?
Porque as novas gerações vão empurrando os outras para cima, assim:
- os putos passam a gajos
- os gajos passam a senhores
- os senhores passam a ti'
- os ti' passam (-se)
A morte nunca é um motivo para rirmos, mas é um óptimo motivo para pensarmos, para pensarmos a vida.

619 - viva o


gordo e abaixo o regime

618 - chama-se catarina, santamargarida a viu nascer...

É um motivo de orgulho quando uma atleta de Santa Margarida da Coutada é campeã nacional.
Aconteceu nestes campeonatos (vem numa das pág. interiores d ' A_bola).
Catarina Lopes, 60 m - 7 segundos e qualquer coisa...
Para a Catarina e para a irmã Rita prestes a completarem dezanove anos no próximo dia 7 de Março, muitas felicidades e sucessos não só desportivos... à mãe Maria João tive oportunidade de lhe dar os parabéns pessoalmente... para o meu amigo Hélder um grande abraço, quando se luta, quando se acredita, os êxitos acontecem.

sábado, fevereiro 17, 2007

617 - lá vamos, referendando e rindo

Há pessoas que têm sempre dignidade, outras não a têm nem quando ganham nem quando perdem.
Ouvi hoje, num programa de rádio, considerarem o Eng. José Sócrates o grande vencedor deste referendo, sê-lo-ia se tivesse dito:
- O meu grande objectivo é que mais que 55% dos portugueses não votem e que o referendo não seja vinculativo.
Finalmente, não estou só na reinvidicação de outros referendos... digamos que pelo menos um fim de semana por mês deveria servir para referendar, para brincarmos ao civismo.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

616 - este lomo...

Meus amigos (e amigas) para além de ser um excelente «blogger» [presunção e água benta...] sou, também, um óptimo profissional, dono de casa, mudador de pneus (cada vez que mudo um pneu imagino-me sempre loira de mini-saia e com um peito grande... ok, ok comentário, provavelmente, machista [continuo a não gostar de mudar pneus, pronto]).
O lomo tem estado parado, pois, estou em mudanças... tenho que instalar um «scanner» e tal...
Entretanto podem ver as fotos do Preca ou do Nuno.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

615 - a mim parece-me

«A mim parece-me que o único critério que asseguraria alguma igualdade de tratamento e lógica era o CD punir idênticas situações com idênticas penas»

Quem foi o gajo que escreveu isto?

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

614 - um, dois, três





Provavelmente não podemos esperar muito de um povo que aprendeu a contar até três com uma bota rota.
Ao olharmos os jornais d’ hoje parece que o sim ganhou, a abstenção ficou em segundo e o não em terceiro.
Assim como se num jogo de futebol a equipa que marcou 4 981 015 golos tivesse perdido com a que marcou 2 238 053.

613 - palhaço ...

Nada és sozinho no combate
Tu és tudo no processo positivo
Anónimo na unidade duma frente.
Apupado, criticado, ovacionado
Justamente, injustamente
Sempre em luta

Insultado
Mas firme na luta.
Implacável, persistente
Na edificação da sociedade nova


Extracto do poema: Camarada Militante
de Alda Espírito Santo


domingo, fevereiro 11, 2007

612 - civicamente (com tranquilidade)

Inscritos: 8 832 628
Eleitores que, civicamente, optaram por não votar: 4 981 015 - 56.39%
Eleitores que, civicamente, optaram por votar sim...................2 238 053 – 25.34%
Eleitores que, civicamente, optaram por votar não.................. 1 539 079 – 17.42%
Eleitores que, civicamente, optaram por votar branco..................48 105 - 0.55%
Eleitores que, civicamente, optaram por votar nulo.......................26 297 - 0.30%
Os números não necessitam comentários.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

611 - pelo sim, pelo não


Hoje é sexta-feira, dia de dirigir as últimas palavras [ao meu leitor] [à minha leitora] (leitores, talvez).
A minha campanha foi feita com poucos recursos (não chulei nenhuns ao Estado).
Ao contrário da Comissão Nacional de Eleições financiada com os vossos impostos (e com os mesmos) eu não digo: vote não ou vote sim, mas vote ... digo: não vote não, nem sim, não vote!
Este «blog» é pela abstenção.
Domingo cá estarei para contabilizar a opinião das pessoas que estavam danadinhas para votar que leram este apelo e decidiram tomar a única atitude correcta:
NÃO VOTAR.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

610 - em paz

Nem sempre «cachimbar» é mau, por vezes é bom deixarmo-nos de guerras...

sábado, fevereiro 03, 2007

609 - bueno, muy bueno


sexta-feira, fevereiro 02, 2007

608 - zero (a zero)


O sargento Taínha é parecido com o Jaime Pacheco, o recruta Zero lembra-me três em um (como a santíssima trindade) .

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

607 - nunca se deve abaixar...

Este é um «post» sem nenhum tema definido, começo com uma quadra de Vilhena:
«Um homem se quer viver
Se no mundo quer andar
Deve andar sempre direito
Nunca se deve abaixar»
Sabemos que há, contudo, homens e mulheres que se «abaixam» por tudo e por nada, talvez gostem de jardinagem, talvez...
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio