domingo, dezembro 31, 2006

565 - vida, boa vida

Este «post», o último deste ano será um olhar, o meu olhar sobre o ano que passou, aquilo que mereceu atenção, que considerei importante.
Um «post» por mês:

564 - morte, boa morte

A morte pode ser boa, pode ter a bocanegra e mesmo assim encontrarmos meia dúzia de razões para a gostarmos.

sábado, dezembro 30, 2006

563 - quantas vezes morremos?

Morremos tantas vezes quantas as recordações que as pessoas que nos amam tiverem de nós, renascemos outras tantas.
Hoje é dia de termos pena, é dia de sermos «politicamente correctos».
Ai... que horror! A pena de morte!
Horror é os nossos impostos servirem para mantermos vivos alguns que mereciam estar mortos (nem sequer deveriam ter nascido... não teria sido útil que a mãe de Saddam, Fidel, Pinochet, Hitler, Staline, Bin Laden e tal tivessem dito: na minha barriga mando eu!) e não sirvam para salvar os vivos que morrem na praia...

sexta-feira, dezembro 29, 2006

562 - azia


A frase:
– Sempre foram rivais. Falam-se?
– Institucionalmente cumprimento toda a gente. Como também faço festas aos animais.
A entrevista completa:
(...)

561 - chamaram-lhe um figo

quinta-feira, dezembro 28, 2006

560 - ovinho...

559 - dizer não de vez

Fiquei de pé atrás quando vi esta capa, piorou quando na Pública, Zé Pedro confessa que um dos seus objectos mais preciosos é a comenda... por tudo isso concordo, inteiramente, com esta análise de José Carlos Gomes.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

558 - um homem das arábias

Há coisas que não mudam, o carácter, por exemplo.
Não sei se é verdade...
Se do passado podemos tirar pedaços de futuro (acredito que sim) é, apenas, mais uma atitude típica de filho único.
Enfim, rapaz que o teu futuro seja bom... bem bom! (ligar o som)

terça-feira, dezembro 26, 2006

557 - essien resolve

É sempre bom reconhecer o óbvio:
«não tenho nenhuma crítica a fazer aos meus jogadores, porque que eles fizeram o melhor que, possivelmente, podiam»
Ora quando a culpa não é dos jogadores é, possivelmente, do treinador... digo eu.

[o título deste «post» foi inspirado neste]



sábado, dezembro 23, 2006

556 - «todo o seu sustento»

Marcos 12, 41-44

Estando sentado em frente do tesouro, observava como a multidão deitava moedas. Muitos ricos deitavam muitas. Mas veio uma viúva pobre e deitou duas moedinhas, uns tostões.
Chamando os discípulos, disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou no tesouro mais do que todos os outros; porque todos deitaram do que lhes sobrava, mas ela, da sua penúria, deitou tudo quanto possuía, todo o seu sustento»

Nestes dias tenho-me interrogado quais são os limites de dar, devemos dar sem medida ou com alguma parcimónia?
Dar o quê?
Dar a quem?
Dar o verbo, a acção quantas vezes não será d' ar (de ar) gestos ocos e sem significado?
Este «post» não pretende «dar seca» a ninguém, pretendo que aqueles que por aqui passam meditem nisto...
Um bom Natal para todos com muitas prendas, alegria e sobretudo compreensão.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

555 - é natal, é natal?

Já tinha colocado, este poema, há um ano, mais ou menos... sou, portanto, um gajo repetitivo.
No Natal lembro-me dos «consumidos» como o outro lado da moeda (podia falar em verso e reverso, mas versos são poesia e encontro pouca poesia nesta época).
Gedeão deixou-nos o Natal do Pedrito (sugestão de gaia), lembrei-me (sugestão de crt) dos que estão rodeados de metralhadoras a sério e não acreditam no Pai Natal nem em sonhos... fritos ou não.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

554 - identidade ribatejana (parte 1.)

Touros, cavalos, Ribatejo.
Há algum tempo que este tema me ocupa.
A primeira coisa que associamos ao Ribatejo são os touros e as touradas.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

553 - vento sul

Já passou um mês, fechou...
No entanto, João Fialho continua em forma em Vendas Novas e na Cuba.
Força amigo, que não te doa a voz...

552 - com papas e bolos

Numa altura em que tanto se fala do papa, deste papa, meditemos nestas palavras (em castelhano) ... liberdade, liberdade.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

551 - inúteis, quem?

Fantástico, quem não sabia o que eram «blogs» fica a saber: hóteis de inúteis... está aqui, tanto na edição em papel, como na edição on-line a frase atribuída ao autarca de Almeirim não é desenvolvida nem contextualizada.
Pela minha parte estou a escrever-vos do local acima se desejarem vir até cá, podem escolher...
novidades... aqui

550 - jogar além

A bola, o jogo da vida.
A vida, um jogo de bola.
O menino que fui deu muitos pontapés na borracha (com pouco jeito, provavelmente).
Nestes dias pensei nisso, nos dias que não mais viverei, nos amigos que não mais verei.
Na minha freguesia existem cinco lugares* [Portela, Vale (do) Mestre, Aldeia, Malpique, Campo Militar] curiosamente, enquanto «futebolista» nunca joguei em nenhum clube da minha aldeia, fui sempre «estrangeiro» vestindo camisolas de outros lugares, normalmente, era dos mais novos das equipas.
Mercenário, combatente de guerras perdidas, recordo com saudade os momentos de convívio, dentro e fora do campo, homens mais velhos, mais sábios, portanto... «corre que és novo», sabiam que a vida, os jogos não se ganham a correr.
Nos «Sempre Prontos» de Malpique, na «Casa do Povo» e no «Grupo» da Aldeia, nos «Relâmpagos» de Vale (do) Mestre, no «Estrela Verde» de Constância... procurei sempre honrar o emblema que trazia junto do peito, em dois meses partiram dois colegas, homens que partilharam objectivos comigo (o objectivo não era vencer, era participar, petiscar no final).
Continuem o jogo aí, além...
* Futebolisticamente falando. «Tecnicamente» o Campo Militar não é um lugar, mas tinha equipas que participavam nos torneios de futebol de salão. «Tecnicamente» a Pereira é um lugar, mas sem equipas de futebol.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

549 - lapada do bar salgado


Carolina, quanto do teu sal
São lágrimas do Portogal

quinta-feira, dezembro 07, 2006

548 - ombro a ombro

547 - mim ser bom pessoa

546 - criancices

Nem toda a publicidade é má.
Nem toda procura vender dispensáveis brinquedos.
Dever-nos-ia fazer agir*
* não é qualquer escritor que escreve uma frase com três verbos (não sei como se chamam agora. Quem tiver curiosidade procure aqui)

terça-feira, dezembro 05, 2006

545 - por exemplo (parte 2.)

No «post» anterior que cita um artigo que publiquei neste jornal, digo isto:

«Houve, apesar de tudo, uma exposição pela qual valeu a pena ir à Festa, sobre o nadador Baptista Pereira (o Gineto, dos Esteiros de Soeiro Pereira Gomes) o miúdo de Alhandra que venceu a travessia da Mancha. Exemplos com o de Baptista Pereira mostram-nos que com perseverança conseguimos vencer as adversidades. Exemplos como o de Ossétia do Norte mostram-nos que apesar das dificuldades é possível apostar na educação e na cultura como alavancas para o desenvolvimento.»

Obviamente, ninguém reparou...
Hoje deixo outra ideia:

Piscina Municipal Simão Morgado
Quem é este gajo perguntarão?
Um olhar aqui...
gritam-nos que Santa Margarida (Constância) tem um campeão, um gajo que foi baptizado na Igreja de Portela de Santa Margarida da Coutada, cujo pai Isidoro e avô Ernesto, vivem (ou viveram na citada aldeia) o gajo citado participou em dois Jogos Olímpicos... perguntará o actual responsável pelo desporto da nossa autarquia:
E isso que interessa, estava nas listas da CDU?
Pois, se calhar não o convidaram... não sei se seria importante para conseguirem mais votos, seria de certeza importante, para os jovens do concelho * projectarem-se em exemplos de sucesso, seria útil que a alcatrão, o betão, o cimento servissem para algo mais que vencer eleições.
* a propósito disto:
«Este “Post” fez-me recuar 25 anos… e pensar como eram bons os sábados de manhã com o “pessoal” todo junto no parque de Vale de Mestre a ter aulas de Educação Física leccionadas pelo Prof. Franco.
Nesses tempos ainda não existiam técnicos superiores de desporto, mas existiam aulas para a “criançada”, também não tínhamos uma “carrinha” destinada ao “Desporto e Cultura”, mas tínhamos aulas, …muito menos existiam espaços destinados à prática como hoje existem, mas tínhamos aulas….nem me consigo lembrar quem eram os nossos dirigentes associativos e políticos locais, mas tínhamos aulas de educação física…o que se teria passado para hoje termos condições e não termos aulas?»
[Telmo Costa] comentário aqui

544 - por exemplo (parte 1.)

«Em Beslan, Ossétia do Norte (Rússia) morreram mais de seiscentas pessoas, mais de setecentos feridos, a maioria crianças. As notícias que nos chegaram sobre estes acontecimentos não causaram muito impacto. Não percebemos que aqueles 860 alunos saíram das suas casas felizes, vestidos com as melhores roupas, limpos e arranjados e voltaram (os que voltaram) com as roupas imundas, ensanguentadas, sem a perna direita, sem a mão esquerda...alguns sem os pais ou sem os irmãos, todos com recordações amargas. Não percebemos como consegue um estado tão pequeno e pobre (alguns números apontam para 70% de desemprego) planear o início das aulas num determinado dia e fá-lo de facto. Aqueles meninos podiam ser os nossos sobrinhos ou filhos, aqueles pais ou professores podíamos ser nós. Percebemos, no entanto, que um atentado do género, dificilmente ocorreria neste país. Como descobririam os terroristas o dia em que as aulas começam?
No dia três de Setembro quando o trágico sequestro de Beslan teve o seu desfecho encontrava-me na Festa do Avante, ao contrário do que seria de esperar não houve uma única intervenção que condenasse os actos terroristas.
Ir à Festa, nestes tempos é um exercício sociológico muito interessante. Os antigos países de Leste foram apagados, tal como Estaline ia retocando as fotografias à medida que os amigos passavam a adversários. Os “camaradas” passeiam-se embrulhados em “xailes palestinianos” parecendo acreditar que a solução para a Palestina é: “de bombista suicida em bombista suicida até à vitória final”, apesar de completarem a indumentária com calças Levi’s (imperialismo americano!) e com “ténis” Nike (trabalho infantil!).
Os restaurantes, outrora, geridos pelos Centros de Trabalho, foram entregues à iniciativa privada, uma espécie de capitalismo comunista. As convicções deram lugar a adaptações.
Houve, apesar de tudo, uma exposição pela qual valeu a pena ir à Festa, sobre o nadador Baptista Pereira (o Gineto, dos Esteiros de Soeiro Pereira Gomes) o miúdo de Alhandra que venceu a travessia da Mancha.
Exemplos com o de Baptista Pereira mostram-nos que com perseverança conseguimos vencer as adversidades.
Exemplos como o de Ossétia do Norte mostram-nos que apesar das dificuldades é possível apostar na educação e na cultura como alavancas para o desenvolvimento.»




543 - derrotado

A vida é muito mais importante que o pontapé na borracha.
É necessária tranquilidade, viver, lutar pela vida...
... digo eu, que gosto de recordar derrotas.
Não gosto da palavra derrotado, ou então... não

542 - endiabrados

O duplo D não significa: Desgraçados Deficientes... poderá significar: Diferentes Dignos.
Falo de diferença, não no sentido: «ai que bom, eu sou uma gaja do jet-set e tenho vários cães e gatos e um(a) filho(a) diferente... especial, é tão chic *» ; refiro-a como algo que não é semelhante.
Poderíamos definir um cego** (ou um invisual para ser chic) como um gajo que não vê um boi à frente dos olhos, poderemos, também, dizer que é alguém com todos os sentidos (excepto a visão) desenvolvidos ao extremo.
Considero-me um gajo prático, gosto de procurar uma utilidade para cada coisa, os gatos encontro-os úteis a caçar ratos, os cães a conduzirem (rebanhos e pessoas) o pedro a encontrar caminhos... os meus caminhos... outros caminhos ***
Caminhos que nos levem a um destino, provavelmente, colectivo
* não resisti... Eça é que é essa
** referi esta «deficiência» pois é a mais presente no nosso imaginário. «Uma esmola p'ó ceguinho»; «não ter dinheiro p'ra mandar cantar um cego», obviamente, o tema para o qual procuro chamar a atenção é muito mais abrangente
*** aqui

541 - vinte minutos (primeira parte)

dois-zero

segunda-feira, dezembro 04, 2006

540 - o modi

sábado, dezembro 02, 2006

539 - putativo

Procurem por favor o significado da palavra aqui
São José é o putativo mais conhecido... o putativo pai de Jesus, pensavam que era, mas, não era.
Putativo não significa: poderá ser.
Significa: pensamos que é mas não é ... isto a propósito de uma putativa candidatura.
Putativa candidatura, soa bem não soa?

sexta-feira, dezembro 01, 2006

538 - «strange little thing called... blog»

Um gajo tipo normal estaria a dormir, na «night», a comemorar o feriado (que comemora no contexto de uma união, a desunião).
Um gajo tipo eu, carrega em teclas, fundo negro... letras brancas, escreve, partilha ideias.
Que ideias?
O que é um «blog»?
Quem é um «blogger»?
Um «blog» é um devaneio (sim, podem consultar o dicionário... «bloggar» é devanear).
Obviamente... a devanear se vai ao longe.
Um «blogger» é um gajo (ou gaja) [ou não, os ciganos, também, «internetam»] que pensa, não quero generalizar, mas, diria que a maioria dos «bloggers» pensam, alguns pensam e partilham idiotices, enfim antes isso que um lápis... azul (ou vermelho, há quem lhe chame encarnado).
No meu caso, os meus «blogs» são gritos de inconformismo, não gosto das terminações ...ado; encarnado; conformado; atrapalhado; endrominado; formatado; achatado; confortado... revoltado.
Gosto de lágrimas, não de choraminguices.
Gosto de sorrisos, não de gargalhadas.
Gosto de pessoas assumidas, não presumidas.
Gosto de mim, como ponto de partida para gostar das outras pessoas.
Gosto de pensar.
Gosto de pensar o pensamento...

537 - é pau, é pedro (parte 2.)

O meu «e-mail» está repleto de mensagens de apoio, aquilo que era uma brincadeira está a tornar-se incontrolável.
Como gosto de levar as minhas brincadeiras a sério procurei informar-me.
Comparando estes dados com estes constato que Constância perdeu 687 residentes em dois anos a manter-se este ritmo...
não é o fim, nem o princípio do fim, é o fim do princípio